Ex-diretor do Banco do Brasil já cumpriu um terço da pena
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quarta-feira (27) liberdade condicional para o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão.
Segundo Barroso, Pizzolato cumpre as condições necessárias para deixar a cadeia, como ser réu primário e não ter cometido faltas disciplinares no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde cumpre a pena. Ele já estava no regime semiaberto desde maio de 2017.
Pizzolato terá de respeitar determinações impostas pela Vara de Execuções Penais do DF e pagar multa de R$ 2.175 por mês até completar o valor de R$ 2 milhões, o que dá 920 prestações, ou 76,6 anos – o ex-diretor do BB tem 65.
De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, o parcelamento foi proposto pela defesa de Pizzolato e aceito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O ex-banqueiro já cumpriu quatro anos, quatro meses e quatro dias da pena e descontou 331 dias com “trabalho e estudo”, o que ultrapassa a marca de um terço da sentença, exigência para a liberdade condicional.
Condenado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Pizzolato fugiu para a Itália após o veredito, mas acabou extraditado em outubro de 2015, encerrando uma longa novela judicial. O ex-diretor tem cidadania italiana e cumpriu parte da pena no país europeu.
Com a decisão de Barroso, ele deve ser libertado nesta quinta-feira (28).
Da AnsaFlash