O atacante Lionel Messi está sem contrato desde quinta-feira (1º), mas não deve ser por muito tempo. Segundo os jornalistas que cobrem os bastidores do mercado da bola, o Barcelona pretende renovar a sua parceria frutífera com o astro argentino o quanto antes.
Logo antes do fim do contrato, na segunda-feira (28), Messi mostrou por que é tão valioso, com uma atuação excelente contra a Bolívia pela última rodada da fase de grupos da Copa América. No sábado (3), nas quartas de final, repetiu a dose contra o Equador, levando a seleção à semifinal e aumentando o favoritismo da Argentina nas apostas na Copa América.
O presidente do Barcelona, Joan Laporta, afirma que faltam poucos detalhes para que Messi feche seu novo contrato com o clube mais importante da Catalunha, e que são as regulamentações da LaLiga, a liga espanhola, que estão emperrando a negociação.
“Está tudo indo bem. Ele quer ficar, e estamos fazendo todos os esforços para garantir que fique. Mas temos que balancear as coisas com o fair play financeiro”, disse Laporta à rádio Onda Cero, de Madrid.
Desde 2013, quando a Espanha ainda vivia os efeitos da crise financeira da dívida que abalou a União Europeia e quase levou ao fim do euro, a LaLiga delimita o total de recursos que cada clube pode gastar com contratações para suas equipes e comissão técnica.
Na última temporada, o Barcelona foi autorizado a lançar mão de apenas € 733 milhões, cerca de metade do € 1,47 bilhão que o clube catalão pode gastar na temporada anterior. Na temporada que inicia neste ano, o valor pode ser ainda menor, com a perda de receita que os clubes sofreram graças à pandemia da covid-19.
Segundo o jornal El Mundo, Messi ganhava um salário de € 133 milhões por temporada no Barcelona, o que fazia do argentino o jogador mais bem remunerado do mundo. Com um novo contrato em negociação, existe a possibilidade de que o Barcelona tenha que reduzir os pagamentos a Messi, pois o clube já vinha tentando pôr suas contas em ordem.
Segundo Laporta, “há muitas opções, estamos contemplando o que é melhor para ambas as partes. Queremos que ele fiquei e ele pensa da mesma forma. Queremos dar o time mais competitivo possível”.
Messi brilha na Copa América
O fato de estar sem contrato não tira a tranquilidade de Messi – o que se vê dentro de campo, com o papel fundamental que o atacante teve nas vitórias da Argentina contra a Bolívia e o Equador pela Copa América.
Ao entrar em campo contra a Bolívia, a seleção vinha de uma trajetória irregular nas rodadas anteriores – um empate com o Chile, uma vitória sobre o Uruguai e um 1 a 0 preguiçoso sobre o Paraguai. Porém, o último jogo da fase de grupos tinha um significado especial para Messi: ele se tornaria o jogador que mais vezes entrou em campo pela seleção argentina.
O atacante do Barcelona atuou à altura da ocasião. Ele marcou dois gols, um deles de pênalti, e deu assistência a outro. A vitória argentina foi de 4 a 1. Messi, assim, tem 148 jogos pela seleção e, com isso, ultrapassou Javier Mascherano.
Messi se manteve firme e, na partida seguinte da Argentina, entrou em campo pela 149ª vez com a camisa da celeste. Dessa vez, Messi deu assistência a Rodrigo de Paul para marcar 1 a 0 aos 39 minutos.
Depois do gol, a Argentina se fechou na defesa, e o técnico Lionel Scaloni se viu obrigado a colocar Ángel Di María em campo para reviver o ataque celeste. A mudança deu certo, e Di María encontrou Messi, que entregou para Lautaro Martínez marcar 2 a 0 aos 83.
Nos acréscimos, Messi teve a oportunidade de cobrar uma falta perto do gol. A bola chegou ao objetivo e, assim, Messi levou a Argentina à semifinal com uma vitória de 3 a 0 na qual todos os gols tiveram a sua participação. Quanto mais se repetem as demonstrações de talento do camisa 10, mais crescem as discussões sobre como viverá a seleção argentina quando Messi decidir que está na hora de aproveitar uma aposentadoria.
