Mesmo sem nenhum caso de sarampo registrado em Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça a importância da imunização contra a doença; que é infecciosa, transmitida por vÃrus e que pode ser contraÃda por pessoas de qualquer idade.
Para manter o Estado sem a doença, a SES orienta que a cobertura vacinal seja maior, em especial nas crianças com 12 meses de vida. Para atingir a meta do Programa Nacional de Imunização é preciso imunizar 95% das crianças com um ano. Porém, dados registrados em 2019, entre janeiro e junho, indicam que o Estado está 83,54 % dessa faixa etária imunizada.
O Ministério da Saúde publicou a situação epidemiológica do paÃs até o dia 18 de julho. Conforme os dados, já temos no paÃs 561 casos de sarampo, distribuÃdos em sete Unidades Federadas (UF): São Paulo (484), Pará (53), Rio de Janeiro (12), Minas Gerais (4), Amazonas (4), Santa Catarina (3) e Roraima (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,3 por 100.000 habitantes.
Em Mato Grosso do Sul, até agora não há nenhum caso confirmado de sarampo/rubéola, somente casos suspeitos, e o último registro do sarampo no Estado foi em 2011.
Já no Brasil, o último paciente detectado com a doença foi em 2015, no Ceará. Em 2016 havÃamos recebido o certificado de eliminação do sarampo. No entanto, dois anos depois, em 2018, começaram a surgir os casos importados da doença, quando, possivelmente, venezuelanos entraram no paÃs trazendo o vÃrus.
Sarampo
Os sintomas mais comuns da doença são: febre alta, dor de cabeça, manchas avermelhadas na pele (aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), tosse, coriza e conjuntivite. Como não existe tratamento especÃfico para o sarampo, é importante ficar atento se alguém, com quem se teve contato, ficar doente.
As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite e pneumonia. O vÃrus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartÃculas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença.
Quem já teve a doença não corre o risco de ser contaminado pelo vÃrus novamente. Porém, a comprovação deve ter sido por meio de exame laboratorial.
O sarampo pode deixar sequelas caso não seja tratado. As complicações da doença são: otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas, e em casos mais graves podem provocar surdez, cegueira, retardo do crescimento e redução da capacidade mental.
Na suspeita ou a confirmação de sarampo, a pessoa precisa ficar em isolamento social e é realizado o bloqueio seletivo com a aplicação da vacina trÃplice viral em todos que tiveram algum contato com o doente. Com essa ação, a tentativa é parar o vÃrus com a imunização de todos os indivÃduos que estão em risco.
Vacina
A Secretaria de Saúde orienta que a população fique atenta à s datas agendadas na carteira de vacinação e aos registros de doses. A pessoa que já tomou duas doses da vacina da trÃplice viral está imunizada. A vacina, única forma de prevenção, está disponÃvel em todas as unidades de saúde dos municÃpios.
Se o indivÃduo não se lembrar se tomou a vacina e ainda não tiver a carteira de vacinação, é importante ir até a unidade de saúde para verificar se há registro. Caso não tenha registro, o paciente deverá ser imunizado.
Pessoas que irão se deslocar para estados/municÃpios de ocorrência de casos e sem histórico vacinal ou vacinação incompleta devem ser vacinados com pelo menos 15 dias de antecedência da viagem.