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Mercado reage após vitória de Biden e esperanças sobre vacina; dólar opera em queda

Na sexta-feira, moeda dos EUA fechou a R$ 5,3920, acumulando queda de 6,03% na semana.

O dólar opera novamente em queda nesta segunda-feira (9), caindo abaixo de R$ 5,25, depois da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas, apesar da recusa de Donald Trump a reconhecer a derrota, e após análise preliminar apontar que a vacina da Pfizer contra Covid-19 é mais de 90% eficaz.

Às 10h14, a moeda norte-americana caía 2,49%, a R$ 5,2576. Na mínima até o momento chegou a R$ 5,2247, menor cotação intradia desde 16 de setembro (R$ 5,2123).

Já o Ibovespa opera em alta de mais de 4%.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 2,78%, a R$ 5,3920, acumulando baixa de 6,03% na semana e na parcial do mês. No ano, ainda acumula alta de 34,47%.

O Banco Central anunciou para esta segunda-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021.

Cenário externo e local
“Há coisas boas e ruins (para os mercados financeiros) com a vitória de Biden, mas ao menos o risco de um processo eleitoral prolongado desapareceu”, declarou Shoji Hirakawa, estrategista do Instituto de Pesquisas Tokai Tokio.

Os mercados repercutiam também o anúncio da Pfizer, informando que sua vacina experimental é mais de 90% eficaz na prevenção à Covid-19, segundo dados iniciais do estudo da fase 3.

“Isto é muito importante (notícia) porque valida a visão do mercado de que a economia e os resultados podem voltar aquele caminho de crescimento que tinham antes da crise (COVID-19) ter ocorrido”, disse Andrea Cicione, chefe de estratégia da TS Lombard de Londres.

O otimismo vem dominando os mercados desde quarta-feira da semana passada, com os investidores aliviados com os resultados das eleições nos Estados Unidos, diante da percepção de que o equilíbrio de poder que se perfila entre republicanos e democratas no Congresso dificultará a execução de grandes mudanças, incluindo um aumento de impostos, um endurecimento das regulamentações ou controle mais rigoroso de grandes empresas.

Entre os investidores, há também a percepção de que as políticas de Biden colaborariam para um dólar globalmente mais fraco, principalmente com a expectativa de aprovação de novas medidas de auxílio fiscal na maior economia do mundo, o que pode dar apoio a moedas de países emergentes.

Embora o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes apresentasse leve alta de 0,12%, a divisa norte-americana apresentava amplas perdas contra algumas das principais moedas arriscadas, como peso mexicano, lira turca, rand sul-africano e dólar australiano.

Biden disse que convocará uma força-tarefa sobre coronavírus nesta segunda-feira para examinar o problema número 1 que enfrentará quando assumir o cargo em janeiro.

Na agenda de indicadores domésticos, os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de 3,02% para 3,20% em 2020. Já a projeção para tombo do PIB no ano foi revisada de 4,81% para 4,80%. O mercado segue prevendo estabilidade na Selic em 2% ano até o fim de 2020 e taxa de câmbio de R$ 5,45 no final do ano.

Por aqui, permanecem, porém preocupações em torno da trajetória da dívida pública, com os investidores à espera de uma indicação clara sobre se o governo respeitará ou não seu teto de gastos. A principal dúvida é sobre como um pacote de auxílio social seria financiado diante de um orçamento apertado para 2021, e se o governo conseguirá dar prosseguimento à agenda de reformas estruturais.

Esse cenário, somado ao patamar extremamente baixo da taxa Selic e a um crescimento econômico fraco, ajudam a explicar a forte alta dólar no ano ante o real.

Do G1

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