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Mercado espera que BC reduza taxa básica de juros para 6,5% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (21) e deve baixar a taxa básica de juros, a Selic, de 6,75% para 6,50% ao ano, de acordo com estimativa de economistas do mercado financeiro. A decisão será divulgada após as 18h.

Se confirmada a previsão dos analistas, essa será a 12ª redução seguida da Selic, que com isso alcançaria o menor patamar desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999. Também será a menor taxa de juros de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986.

A previsão tem como base estimativas feitas por mais de 100 instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central na semana passada. Os analistas esperam ainda que o corte nesta quarta será o último do atual ciclo de redução da Selic, iniciado em 2016.

De acordo com esses economistas, os juros devem permanecer em 6,50% ao ano até fevereiro de 2019, quando começariam a subir. Ao final do ano que vem, preveem os analistas, a Selic atingiria 8% ao ano.

Juros bancários seguem altos
Apesar de a taxa básica da economia estar na mínima histórica, os juros bancários seguem elevados. Em janeiro, as taxas do cheque especial e do cartão de crédito rotativo continuaram acima de 300% ao ano.

“Se a gente ficar alguns anos com taxas menores, tudo vai ser revisto, inclusive as taxas bancárias e as taxas de fundos de administração. Tudo isso, ao longo do tempo, terá que ser revisto. O que nós podemos fazer é acelerar essa mudança”, afirmou o presidente do BC, Ilan Goldfajn, no começo deste mês.

Entre os itens que compõem o custo do crédito no Brasil estão a taxa Selic, os depósitos compulsórios (recursos que os bancos têm de deixar parados no Banco Central), os tributos cobrados, as despesas administrativas, o risco das operações (inadimplência) e o lucro das instituições financeiras.

A baixa concorrência também é apontada por analistas com um fator que impacta os juros bancários. Dados do BC mostram que os quatro maiores conglomerados bancários – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – detinham, no fim de 2016, 78,99% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país.

Definição da taxa de juros pelo BC
Ao elevar ou baixar os juros o Banco Central mira o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%. Para 2019, é de 4,25%. O sistema, porém, prevê uma margem de tolerância, para cima e para baixo. Isso significa, por exemplo, que a meta não seria descumprida pelo Banco Central caso a inflação neste ano ficasse entre 2,5% e 6,5%.

Normalmente, quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. A expectativa é que a subida da taxa também eleve os juros cobrados pelos bancos, ou seja, que o crédito fique mais caro e, com isso, freie o consumo, fazendo a inflação cair. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. É o que está acontecendo neste momento. Para 2018 e 2019, o mercado estima um IPCA de 3,63% e de 4,20%, respectivamente.

Rendimento da poupança
As decisões do Banco Central sobre a Selic também afetam o rendimento da poupança, que vai cair se confirmado o novo corte nesta quarta.

A regra atual, em vigor desde maio de 2012, prevê corte nos rendimentos da poupança sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5%.

Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC. A norma vale apenas para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012.

A medida visa evitar que a poupança fique mais atrativa que os demais investimentos, cujos rendimentos caem junto com a Selic. Sem o redutor, a poupança passaria a atrair recursos de grandes poupadores, que deixariam de comprar títulos públicos.

Se o juro básico da economia recuar para 6,50% ao ano, a partir desta quinta a correção da poupança passará a ser de 70% desse valor – o equivalente a 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.

Mas a queda de rendimento afeta também as aplicações conhecidas como prefixadas, ou seja, que têm por base a Selic.

Do G1

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