Entre os exames de rotina que as mulheres devem fazer, dois são específicos para verificar a saúde das mamas: a mamografia e o ultrassom. Ainda é comum a confusão entre eles ou achar que só o primeiro é importante e desconsiderar o segundo.
O fato é que são exames com características diferentes, um não substitui o outro e ambos fornecem informações sobre como estão os seios. Podem ser feitos como parte do preventivo ou como etapas da investigação diante de uma suspeita de nódulo ou outra alteração.
Ultrassom das mamas
Na ultrassonografia das mamas, a paciente deita-se na maca ao lado do aparelho. O médico aplica um gel e desliza o transdutor pela região. O aparelho emite ondas sonoras de alta frequência, para obter imagens da estrutura interna, que são geradas em tempo real. Ao final do procedimento, a paciente é liberada.
O exame permite detectar alterações nos nódulos, cistos, secreções nos mamilos e espessamento do tecido mamário. Pode ser solicitado para mulheres a partir dos 25 anos que nunca tiveram nenhum problema nos seios.
Outras indicações são quando o ginecologista ou o mastologista percebem algum caroço durante a palpação da mama ou para pacientes que reclamam de dor, que passaram por traumatismos ou processos inflamatórios e ainda para verificar o estado de próteses e avaliar resultado de tratamento quimioterápico.
A investigação também é uma opção se o exame de mamografia for inconclusivo, nas pacientes que possui seios grandes ou densos e histórico familiar de câncer de mama.
Mamografia
É um tipo específico de radiografia com imagens de altíssima qualidade, obtida através do mamógrafo. O procedimento é simples. O seio é colocado entre as duas placas do aparelho, que emite raios X para produzir as imagens, feitas a partir da compressão das mamas. A paciente pode relatar um pouco de desconforto.
Antes do procedimento, em casa, é recomendado que se lave bem as axilas e não use desodorante nem talco para não interferir na captura das imagens.
É um dos mais conhecidos exames que integram a saúde preventiva das mulheres e é muito eficiente para a detecção precoce do câncer de mama, por localizar possíveis sinais de tumores, antes até que seja possível palpar as lesões. Também é a principal forma de monitoramento do tratamento em caso de doença.
A recomendação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que a primeira mamografia seja feita entre os 35 e 40 anos; antes disso, só se houver histórico familiar ou uma suspeita de câncer de mama.
Até os 50 anos, o ginecologista ou o mastologista é quem determina a frequência de realização do procedimento. Entre os 50 e 69 anos, deve ser feita a cada dois anos. Também há instituições médicas que recomendam que as pacientes façam o exame anualmente dos 40 aos 74 anos.
Prevenção, sempre!
A ultrassonografia não é o mesmo que mamografia, nem uma substituta para ela. Não é a melhor opção para investigar microcistos ou qualquer lesão com menos de 5 mm, nem para identificar alguma alteração em mulheres com mais idade. No entanto, fornece informações aos médicos que complementam a avaliação das mamas.
Em caso de suspeita de câncer de mama, a mamografia é o procedimento mais indicado. O diagnóstico precoce faz diferença: as chances de cura são de até 95% se for a doença detectada nos estágios iniciais.
O importante é que a mulher esteja ciente de que a consulta periódica com o ginecologista e os exames preventivos devem fazer parte dos procedimentos necessários na rotina de cuidados com a própria saúde.