Por 12 votos a 5, requerimento de Daniela e outros 9 vereadores foi rejeitado. Com isso, prefeita fará reunião fechada, sem a presença da população e da imprensa
Por 12 votos a cinco, o requerimento de convocação da prefeita Délia Razuk, feito pela vereadora Daniela Hall (PSD) foi rejeitado em sessão da noite da última segunda-feira (29). Se o documento tivesse sido aprovado, a prefeita Délia Razuk teria que esclarecer os escândalos policiais envolvendo a Prefeitura de Dourados, além da questão do abandono da cidade em reunião aberta à população e à imprensa. Como se tratava de convocação, e não convite, a prefeita seria obrigada a comparecer em sessão da Câmara e prestar esclarecimentos para a sociedade em evento público.
Foram 12 votos contra a convocação, cinco a favor e uma ausência. Votaram contra os vereadores: Cido Medeiros (DEM), Juarez de Oliveira (MDB), Marcelo Mourão (PRP), Toninho Cruz (PSB), Sérgio Nogueira (PSDB), Carlito do Gás (Patriota), Jânio Miguel (PR), Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PR), Silas Zanata (PPS), Júnior Rodrigues (PR), Romualdo Ramim (PDT) e Maurício Lemes (PSB).
Votaram a favor da convocação da prefeita Délia, os vereadores: Daniela Hall (PSD), Madson Valente (DEM), Lia Nogueira (PR), Elias Ishy (PT) e Olavo Sul (Patriota). O vereador Alan Guedes não votou por estar presidindo a sessão e houve uma ausência, por motivo de doença, da vereadora Marinisa Mizoguchi (PSB).
Como o requerimento foi rejeitado, a prefeita fará uma reunião fechada com os vereadores no Plenarinho da Câmara, sem a presença do povo. O encontro está marcado para essa sexta-feira (3), às 14 horas, fora do horário de expediente da câmara municipal.
A liderança da prefeita Délia, argumentou durante a sessão que não havia necessidade da convocação. “O vereador Bebeto disse que convocar a Prefeita para falar ao povo que a elegeu é um capricho de quem quer que seja assim. Eu disse a ele que é um capricho sim, mas no sentido de zelo com a nossa cidade, principalmente com o destino de caos que tem tomado conta da nossa cidade. A prefeita precisa vir responder aos questionamento não só dos vereadores, mas principalmente da população, que lá nas ruas está cobrando respostas”, disse.
Para a vereadora Daniela, é pública e notória a situação de crise administrativa e incapacidade de gestão dessa administração. “Tudo o que têm acontecido, colocam em questão a credibilidade dos poderes Executivo e Legislativo, já que este último tem como uma de suas atribuições a fiscalização do primeiro. Sem contar a situação de abandono da cidade, como a buraqueira, falta de iluminação, problemas graves na Saúde, Educação e demais serviços públicos oferecidos de forma precária aos douradenses. Por essa razão, pleiteamos respostas em relação a situação atual da Prefeitura Municipal, o Planejamento para os anos de 2019 e 2020 e as explicações sobre o envolvimento de integrantes da Prefeitura Municipal em operações policiais”, argumenta a vereadora.
Operações policias
Em 05 de fevereiro de 2018 foi desencadeada a “Operação Volta às Aulas”, para apurar a contratação ilegal de professores temporários. Em 31 de outubro de 2018 ocorreu a “Operação Pregão”, fase 01, que investiga fraudes de licitação na Secretaria de Fazenda, Administração e Educação. Em 11 de dezembro de 2018 ocorreu a “Operação Pregão”, fase 02. Em 12 de fevereiro a Polícia Federal desencadeou a “Operação Purificação” que investiga licitação para a compra de refeições para o Hospital da Vida e Unidade de Pronto Atendimento (UPA-24h). No último dia 14 de março, policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) realizaram a Operação Pregão, fase 3, no setor financeiro da Prefeitura.
A Controladoria Geral da União também realizou auditoria na Prefeitura de Dourados e constatou irregularidades em setores como a contratação de empresas para a prestação de plantões médicos, UTI, marmita e lavanderia do Hospital da Vida.