Presidente francês também ligou para Draghi e Scholz
O presidente da França, Emmanuel Macron, teve duas “longas conversas” separadas por telefone nesta terça-feira (22) com seus homólogos da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre o andamento das negociações para encerrar a guerra.
Em comunicado, o Palácio do Eliseu informou que os líderes conversaram sobre “as modalidades de cessar-fogo e condições de segurança”, mas, “no momento, não há acordo”, embora o presidente francês esteja “convencido da necessidade de continuar com esses esforços”.
“Não há outra solução senão um cessar-fogo e negociações de boa-fé por parte da Rússia. O presidente está com a Ucrânia”, informou a sede da presidência francesa.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, Macron tem mantido conversas telefônicas com Putin, Zelensky e aliados para tentar intermediar as negociações para um cessar-fogo.
Hoje, o líder francês também falou com o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, para debater a guerra na Ucrânia e a preparação das cúpulas extraordinárias da Otan e do G7, na próxima quinta-feira (24), e do Conselho Europeu, de 24 a 25 de março.
“Os telefonemas de hoje seguem as conversas de ontem que o presidente francês teve com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, e com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel”, explicou o Palácio do Eliseu.
De acordo com a nota, os diálogos “foram uma oportunidade para fazer um balanço da situação na Ucrânia, das sanções europeias e do apoio humanitário, econômico e de segurança da União”.
“Em ambos casos tratava-se também de um intercâmbio sobre os efeitos da guerra na Europa, nomeadamente a nível energético. As discussões diziam respeito a possíveis respostas a curto e médio prazo para garantir a segurança energética europeia e enfrentar os aumentos de preços, no quadro dos objetivos fixado na Cúpula de Versalhes e tendo em vista o Conselho Europeu de 24 e 25 de março”, explica o governo francês.
Macron, Draghi e Scholz debateram ainda “das consequências da guerra à escala mundial, em particular no domínio da segurança alimentar”. Por fim, os três líderes abordaram as questões de segurança na Europa em preparação para a Cúpula da Otan na próxima quinta-feira e após a recente adoção do novo guia estratégico europeu sobre segurança e defesa que levará a “ações conjuntas” dos membros da UE.
Da AnsaFlash
