Home Internacional

Lula não recua, e crise com Israel ofusca G20

Blinken vai a Brasília; Lavrov à Venezuela para encontrar Maduro

Lula comparou o que acontece na Faixa de Gaza ao Holocausto de Hitler © José Cruz/ABr

Nada de recuo de Lula. O presidente progressista brasileiro não pedirá desculpas ao governo de direita de Netanyahu.

O país sul-americano chega assim, em plena crise diplomática, ao primeiro compromisso de destaque de sua presidência do G20.

Uma tormenta instaurada depois das declarações de Lula, que comparou o que acontece na Faixa de Gaza ao Holocausto de Hitler, e que agora arrisca obscurecer a reunião dos chefes das diplomacias dos 19 Estados e dois blocos econômicos mais ricos da Terra.

Um fórum organizado para amanhã (21) e quinta-feira (22) no Rio de Janeiro, com a cidade blindada para a ocasião, com um efetivo massivo de militares, agentes de polícia, e vigilada por milhares de câmeras.

A escalada da crise diplomática nas últimas horas no Planalto, com a convocação do embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para retornar ao Brasil para consultas; e a convocação do número um da delegação israelense no Brasil, Daniel Zonshine, não promete uma solução rápida.

E Lula, que gostaria de usar o primeiro importante encontro guiado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para lançar uma aliança contra a fome, a pobreza e as desigualdades, se encontra sob ataque – fora e dentro do país – onde se tornou alvo das forças de direita. Com Bolsonaro prometendo uma demonstração de força no domingo (25), no protesto convocado na Avenida Paulista.

Críticas choveram sobre o presidente brasileiro também pela posição (“cínica”, segundo alguns) diante da morte do ativista anti Kremlin, Alexei Navalny: “Se é suspeita, precisamos primeiro esperar a investigação para descobrir do que morreu”, comentou. “É uma questão de bom senso”, reagiu.

Também não faltaram perplexidades pelo silêncio de Lula sobre a repressão dos opositores na Venezuela, onde o ministério das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, fez uma visita para encontrar Nicolás Maduro, antes de chegar à capital fluminense.

Algum desenvolvimento da crise entre Brasil e Israel também pode derivar da visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken, esperado nesta noite em Brasília e com um encontro marcado com o chefe de Estado brasileiro para amanhã de manhã, antes de chegar aos trabalhos no Rio, onde a questão do Oriente Médio estará na mesa.

Da reunião do G20 participa também o britânico David Cameron, que, depois de ter sido declarado “persona non grata” pelo governador argentino da Terra do Fogo por sua visita (definida como “provocação”) ao arquipélago composto pelas Falkland/Malvinas, promete lutar na guerra na Ucrânia.

Um compromisso, o de amanhã no Rio, onde pela primeira vez Lavrov cruzará com os diversos olhares de condenação pela morte de Navalny.

Da AnsaFlash

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Sair da versão mobile

Definição de Cookie

Abaixo você pode escolher quais tipos de cookies permitem neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FuncionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalíticoNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de otimizar a usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e FaceBook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AnúnciosNosso site pode utilizar cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OutrosAlgum conteúdo publicado em nosso site pode incluir cookies de terceiros e de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.