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Inflação da cesta de Natal cai em Campo Grande

A redução média foi de 0,27%, segundo o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais da Uniderp

O campo-grandense deve economizar na ceia de natal em 2017, aponta uma pesquisa do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Uniderp, realizada durante a primeira quinzena de dezembro, nos principais supermercados da capital. O levantamento revelou que os produtos tradicionalmente consumidos nas festividades de final de ano – como frutas, peru, bacalhau e panetone – tiveram redução média de 0,27%, em relação a 2016. No ano passado o índice registrado foi elevado, 11,40%, e em 2015 a taxa registrada foi ainda maior: 18,16%.

O coordenador do Nepes e pesquisador da Uniderp, Celso Correia, revela que esta é a primeira vez em que foi registrada deflação na cesta, desde 2008, quando os cálculos foram iniciados pelo departamento. “Esse comportamento já era esperado, pois a inflação do ano de 2017 tem sido muito pequena, fechando o mês de novembro com uma inflação acumulada de 2,17%”, explica.

O professor ainda esclarece que a inflação do grupo Alimentação apresentou queda no último mês em Campo Grande, por isso, foi a grande responsável por esse resultado da cesta natalina. “O país colheu uma supersafra de grãos em 2017, o que estabilizou os preços dos alimentos de um modo geral e, existe uma alta taxa de desemprego no Brasil, fazendo com que caísse a demanda até por alimentos. Como a cesta natalina tem na alimentação os seus itens mais consumidos, era natural que os preços acompanhassem a tendência de queda”, contextualiza.

Na avaliação por segmento, foram registrados aumentos apenas em três grupos. Os peixes tiveram o maior índice de reajuste: 10,72%, motivado, principalmente, pelo salto de 44,06% no preço da Merluza. Em seguida está a leitoa, com 9,72%; e, por último, as bebidas alcoólicas, com 0,60%. Nesse grupo foram avaliados valores do vinho, cerveja, wisk, champagne e cidra.

As aves foram as que mais caíram de preço: 8,06%, em média. O Chester, que custava R$ 13,90, foi para R$ 15,98, um aumento de 11,37%; e o frango resfriado, vendido a R$ 8,78 no ano passado, subiu para R$ 8,99, uma elevação de 2,30%. Mas o índice negativo do grupo foi resultado de acentuadas quedas nos preços do prato principal, que é símbolo do Natal na mesa. As duas principais marcas de peru no mercado apresentaram quedas de 29,11% e 16,88%.

O grupo de hortifrútis também caiu de preço 7,07%. Majorações foram constatadas com manga (26,49%), banana (26,40%), limão Thaiti (25,16%), nectarina (20,73%), alface crespa (18,40%), cenoura (14,5%), uva (0,20%) e ameixa (0,13%). Já as quedas ocorreram com: laranja (-30,48%), batata (-25,84%), tomate (-25,79%), maçã (-25,09%), abacaxi (-18,88%), melancia (-6,63%), pêssego (-5,01%), uva passa s/semente (-4,07) e cebola (-0,96%).

Usados no preparo de acompanhamentos da ceia, os itens de mercearia registraram a terceira maior deflação, ou seja, -3,43%. Os destaques de queda são arroz (-23,73%), açúcar cristal (-35,15%), leite condensado (-16,78%), farinha de trigo (-15,71%), azeitona (-5,05%), entre outras quedas.

O típico churrasco de final de ano também está 1,24% mais em conta, de acordo com o Nepes da Uniderp. A picanha registrou a maior queda, saiu de R$ 36,46 em 2016 para R$ 29,95 este ano, -17,86% no preço. O contrafilé caiu 6,53% e a alcatra está 5,79% mais barata. A capa de contrafilé subiu 14,71%, saltando de R$ 13,90 em 2016 para R$ 15,98 este ano; a linguiça de frango aumentou 7,98% e a toscana subiu apenas 0,07%.

Um dos alimentos mais tradicionais da época, o panetone, reduziu 1,65%, em média. As quedas registradas nos preços do produto variam entre 9,80% e 5,69%. Também foi constatado aumento 10,53% em uma das marcas pesquisadas.

Os frios e laticínios seguiram a mesma tendência dos demais grupos e registraram o índice de -1,13%, motivado por reduções de preços da muçarela (-16,43%); queijo prato fatiado (-10,27%); e leite integral (-5,69%). O presunto subiu 17,38% e o queijo minas 9,35%. No segmento de não alcoólicas, os refrigerantes também apontaram deflação de -1,15%.

Apesar de várias quedas de preço na alimentação, o professor Celso Correia finaliza esclarecendo que, “para o próximo ano, esse comportamento pode não se repetir, pois a safra de grãos pode apresentar problemas, principalmente, em relação ao clima que promete não ser tão propício como o desse ano de 2017”.

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