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Inadimplência tem primeira queda em seis meses, aponta Serasa Experian

Em 2017, 60,4 milhões de brasileiros fecharam o ano inadimplentes, número menor que os 61,1 milhões registrados em novembro; ingresso do 13º salário na economia impulsionou a renegociação das dívidas

Estudo desenvolvido pela área de Decision Analytics da Serasa Experian mostra que o Brasil fechou 2017 com 60,4 milhões de brasileiros inadimplentes, queda de 1,15% em relação ao total registrado em novembro (61,1 milhões). O indicador não registrava queda desde julho do ano passado, quando também alcançou o patamar de 60,4 milhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o número era de 59,6 milhões, houve alta de 1,34%.

Segundo os economistas da Serasa Experian, o ingresso do 13º salário na economia aumentou a renda disponível do brasileiro em dezembro. Este elemento, aliado com as tendências recentes de queda dos juros, da inflação e da melhora gradual do emprego, contribuiu para a renegociação das dívidas em atraso e consequente redução da inadimplência do consumidor no último mês do ano.

Raphael Salmi, diretor de Estratégia e Gestão da Serasa Experian, ressalta que o Feirão Limpa Nome Online, que ocorreu até o dia 16 de dezembro do ano passado, foi essencial para ajudar na diminuição do número de inadimplentes no país. “O serviço 100% online possibilitou uma maior participação de consumidores com dívidas atrasadas, atraindo o público que já está acostumado a fazer tudo pela internet, principalmente pelo smartphone, e facilitou a negociação dos consumidores de todo o país que queriam terminar o ano no azul com a ajuda do 13º salário”, explica.

O montante alcançado pelas dívidas em dezembro no Brasil todo, segundo o estudo, foi de R$ 265,8 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.402,00 por pessoa. A maioria das dívidas foi contraída junto ao setor bancário e de cartão de crédito (29,0% do total). Na comparação com dezembro de 2016, houve queda de 0,8 ponto percentual nas dívidas nesse segmento. O setor de utilities (energia elétrica, água e gás) vem em segundo lugar na lista com 19,5% do total de débitos em atraso, aumento de 0,4% ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Telefonia aparece em seguida, representando 11,6% do montante (aumento de 0,6 ponto percentual em relação a outubro de 2016). A inadimplência do varejo, quarto segmento no ranking, representava 13,5% e caiu para 12,6% em dezembro de 2017, aumento de 1,1 ponto percentual na comparação ano a ano. O setor de serviços respondeu por 11,3% da inadimplência, queda de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro de 2016. Por fim, financeiras e leasing representa 8,3, queda de 0,6 ponto percentual na comparação ano a ano. Veja abaixo a tabela completa:

Inadimplência por segmento:

A faixa etária com a maior concentração dos negativados tem entre 41 e 50 anos (19,6% do total). Em segundo no ranking de participação entre os inadimplentes estão os jovens de 18 a 25 anos, que respondem por 14,5% do total. Veja, na tabela abaixo, os percentuais referentes a todas as idades:

Inadimplência por faixa etária:

Os homens representavam 50,9% dos inadimplentes em dezembro. Quando analisamos os dados por região, há maior percentual de pessoas com dívidas atrasadas no Sudeste, com participação de 44,9% no total. Na sequência estão: Nordeste, com 25,4%, Sul (12,7%), Norte, (8,9%) e Centro-Oeste (8,2%).

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