Corrêa Filho disse que começou a fazer a ação social por conta própria. Devido ao fato de ter tido uma infância pobre, o jornalista decidiu presentear crianças que hoje passam pelo mesmo que ele passou quando pequeno e atendia, inicialmente, grupo pequeno.
Com o passar dos anos, a distribuição de chocolates ganhou apoio de amigos, que passaram a doar os ovos, e a ação se tornou tradição na cidade, Como sempre a parceria do empresário Luiz Márcio diretor da empresa Modtel – Serviços de Telecomunicações e outros foi vital para a adquirir de ovos de páscoa.
Hoje o jornalista consegue arrecadar milhares de doces e atender um número maior de crianças em diversos bairros.
Família pobre
“Meu pai era barbeiro e não tinha condições de dar presentes. Eu sempre via as outras crianças ganhando e eu não ganhava e ficava triste, então, em 1959, eu prometi para mim mesmo e paro meu pai que quando eu crescesse, ia fazer a Páscoa para outras crianças”, disse o jornalista .
“O que é lançar uma pequenina semente de bondade? É ser terno, é ser paciente, é ter uma palavra amiga, um gesto de compreensão, é perdoar a ofensa recebida, é desarmar-se diante do ataque, é ser justo, é oferecer atenção, é orar pelo irmão perturbado.
Demonstrações singelas podem gerar mananciais de alegrias e, melhor ainda, podem contagiar aquele que agride, no sentido de que seu gesto brusco, sua palavra áspera tomem dimensões e, arrependido, o irmão veja brotar em seu coração novos sentimentos.
Aquele que é perdoado, aquele que é assistido, que recebe atenção, passa igualmente a perdoar, assistir, atentar, ampliando o raio de ação do Bem. Não é tão difícil, amados irmãos, ser caridoso, amar o irmão em pequeninas demonstrações. Não vos ama infinitamente o nosso Pai Celestial? Não vos perdoa ilimitadamente?
Sede, pois, mais pródigos em vossos sentimentos nobres. Se não puderdes fazer nada, mantende o silêncio, orai pelo irmão que necessita de socorro. O exercício nas pequenas coisas traz a aptidão para as grandes causas.” ¹
Por essa razão, Jesus nos convida a termos fé, confiança e resignação diante de todo tipo de dificuldade.
O texto de Emmanuel , estimado benfeitor espiritual, que é alvo das nossas reflexões, ensina que devemos ter como motivo da maior alegria – ainda que pareça estranho ao homem que ainda vive sob o jugo da matéria – todas as tribulações que nos sucedem, porque elas representam os testes que comprovam nossa fé, sendo que a fé verdadeira produz a paciência, que por sua vez produz obras perfeitas. Como podemos observar, é um círculo que nunca se fecha e que promove, por isso mesmo, nosso aperfeiçoamento espiritual.
Paciência total e obras perfeitas somente as de Deus, e disso temos certeza, porque Ele é a Perfeição Absoluta; mas, podemos, todavia, com esforço e perseverança, consegui-las em atitudes relativas à nossa condição evolutiva.
A dor, os sofrimentos enfim, não devem ser encarados como algo ruim, que só traz aflições, pois ninguém gosta de sofrer. Mas, quando o sofrimento aparece, saibamos suportá-lo com resignação, pois ele representa oportunidade de crescimento, desde que o enfrentemos com paciência e entendimento de que tudo se modifica para melhor, e que as tribulações não são eternas.
Analisando as dificuldades com olhar atento, podemos perceber que as bênçãos que recebemos são mais numerosas que os sofrimentos. Mas, na impaciência que caracteriza o ser humano, não refletimos que tudo tem o seu caminhar natural e que por pior seja a dor, o sofrimento e a decepção, no tempo certo, tudo se ajeita, tudo se define, pois é da vontade do Criador que assim seja.
Paciência representa confiança na sabedoria e na vontade de Deus. É ela que nos dá força e inspiração para agirmos com discernimento e sem precipitação, não tendo outra atitude, senão a de aguardar trabalhando, em posturas renovadoras. Isso nos leva a não confundirmos omissão com paciência, porque a primeira é negligente, descuidada, não produz; enquanto que a segunda, é atenciosa, cuidadora e produtiva.
Muitas vezes, esquecemos o quanto somos beneficiados pela Paciência Divina, e não temos para com os companheiros de caminhada a calma e a serenidade que deveríamos ter, quando a situação assim exige de nós.
Deus, Paciência Perfeita, sem precipitação e respeitando o livre arbítrio de cada um, aguarda pelo aperfeiçoamento dos seus filhos que, embora lento, sabe, será alcançado um dia.