Acusado de reter documentos pessoais e o cartão do programa Bolsa Família de uma mulher indígena de 23 anos, um comerciante foi preso em flagrante pela Guarda Municipal nesta segunda-feira em Dourados.
Segundo as investigações, comerciantes vendem alimentos a prazo para os índios, geralmente com valores abusivos, e para ter certeza que vão receber retêm os cartões bancários e documentos.
A vítima disse aos guardas municipais que há mais de um ano o acusado estava com seus documentos e sacava o dinheiro do programa federal direto de sua conta.
Ela procurou o posto a Guarda no Parque Antenor Martins, no Jardim Flórida, para denunciar dono da mercearia localizada no Novo Parque Alvorada, região oeste da cidade.
Os guardas municipais se deslocaram até a mercearia, e o proprietário confirmou que estava com os documentos pessoais e o cartão de benefício de Vania há pelo menos um ano, mas alegou que apenas guardava os documentos para a vítima.
Ele estava com o cartão do Bolsa Família, o CPF, a carteira de identidade e o comprovante de pagamento do benefício no valor total de R$ 514 com data de 18 de julho deste ano.
Encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), o comerciante confessou ter em seu poder os documentos e cartões de pelo menos outros oito indígenas que usava para sacar dinheiro.
Ele foi autuado em flagrante por estelionato e supressão de documento particular.
A retenção de cartões de índios por comerciantes douradenses é problema antigo e já foi alvo de várias operações da Polícia Federal. (Com Campo Grande News)