Eduardo Pazuello deixará o cargo no pior momento da pandemia
O futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, indicou nesta terça-feira (16) que vai dar continuidade às políticas da gestão de Eduardo Pazuello, que deixa a pasta no pior momento de uma pandemia que já custou cerca de 280 mil vidas no Brasil.
Ao chegar a uma reunião com o general em Brasília, Queiroga declarou que o governo “está trabalhando” e que as políticas públicas “estão sendo colocadas em prática”. “O ministro da Saúde executa a política do governo. O ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil, e eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho”, disse.
Pazuello assumiu o Ministério da Saúde em maio e é criticado pela demora na compra de vacinas, por ter contrariado evidências científicas ao defender o tratamento precoce contra a Covid-19 e pela omissão na crise que culminou com a falta de oxigênio nos hospitais de Manaus em janeiro.
Pazuello também evitou apoiar publicamente as duas medidas mais eficazes para combater a disseminação do vírus, além da vacinação: isolamento social e uso de máscaras, práticas criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
O mandatário chegou a conversar com a cardiologista Ludhmila Hajjar para assumir o Ministério da Saúde, mas a médica relatou divergências com as políticas do governo, e seu nome também gerou reações negativas entre os seguidores de Bolsonaro nas redes sociais.
O Brasil contabiliza até o momento pelo menos 279.286 mortes por Covid-19, sem levar em conta a subnotificação, e a média móvel de óbitos em sete dias vem batendo recordes consecutivos desde o fim de fevereiro.
A maioria dos estados está com UTIs lotadas, mas o governo Bolsonaro mantém a estratégia de condenar medidas de isolamento social.
Da AnsaFlash