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Fluxos comerciais entre países aumentaram 80 vezes desde 2005, diz pesquisa

Segundo McKinsey & Company, a globalização está entrando em uma fase muito mais conectada do que em qualquer outro momento da história

Os grandes enredos geopolíticos do passado recente tiveram como causa o aumento do nacionalismo, os países fechando suas fronteiras, a retórica protecionista no comércio e uma reação contra a globalização evidente em eventos como o Brexit, no Reino Unido, e a eleição de Donald Trump, nos EUA. Pode parecer que ela está em crise e que seu futuro está longe de ser certo.

Mas a globalização não está devagar, ao menos em algumas frentes, de acordo com um novo estudo publicado pela consultoria McKinsey & Company. Ao contrário, diz a pesquisa que “nós estamos entrando em uma nova fase da globalização, dirigida pela conectividade digital e pelos fluxos de dados. Tudo isso nos levará a uma conexão global muito maior, não menor”. Exemplos disso já são as redes sociais, as cadeias de produção e a variedade em plataforma de e-commerce.

O extenso estudo da consultoria internacional examina as expectativas atuais de projetar a indústria global da moda em 2018, o que necessariamente significa pesquisar o que está acontecendo no mundo internacionalmente. Uma das tendências identificadas é o exponencial crescimento de fluxos de dados globais. Segundo os números, o cruzamento de informações entre os países se multiplicou 80 vezes desde 2005, e a previsão é que aumente mais cinco vezes nos próximos quatro anos.

Essa conectividade significa que os consumidores estão menos restritos por fronteiras físicas do que antes, e que estão felizmente comprando produtos para além das linhas geográficas dos países. Até 2020, as pessoas ao redor do globo vão gastar US$ 1 trilhão (R$ 4 trilhões) apenas em e-commerce “transnacional”, dizem alguns analistas estadunidenses.

Isso já é evidente quando se olha para imensas multinacionais como a Amazon, mas é um fenômeno também para pequenas empresas. Nos Estados Unidos, o maior feriado do ano para algumas companhias de pequeno e médio porte não acontece no país, mas na China: o “Single’s Day”, que geralmente cai em novembro no calendário ocidental, rendeu US$ 168 bilhões para a plataforma Alibaba no ano passado.

Toda essa conectividade online não está apenas conectando pessoas a produtos. Facebook, YouTube, WhatsApp, WeChat e outras redes sociais têm reduzido custos drasticamente, tanto em termos de tempo quanto de dinheiro, nas comunicações internacionais. O resultado não é apenas pessoas conversando e compartilhando vídeos ou imagens, mas também “empresas que encontram facilidade para ter ideias globais, tendências e ferramentas mais rápidas e mais eficientes”, diz a McKinsey.

Outro sinal do crescimento da globalização, ao menos no que diz respeito ao comércio, é evidente em uma separação de dados no estudo da consultoria. Em 2018, a Europa e a América do Norte vão crescer 49,9% em vendas globais de roupas e calçados – será a primeira vez na história que eles vão representar menos que a metade total das trocas comerciais. A maioria das vendas, ao contrário, estará conectada na Ásia, na América Latina, no Oriente Médio e na África.

Marcas mundiais, como a Louis Vuitton e a Nike, ainda predominam nos mercados estadunidense e europeu, mas elas estão vendendo menos para uma quantidade mais global de consumidores, e como o poder de compra pressiona, elas e outras empresas vão manter seus olhos para um mundo cada vez maior.

Além do rebalanceamento do poder de compra, uma mudança geográfica no poder das empresas também está em curso. A Ásia, hoje, é a casa de dois terços das companhias de e-commerce mundiais avaliadas em mais de US$ 1 bilhão (R$ 4 bilhões). “Em tecnologia, as empresas chinesas estão atualmente à frente de qualquer companhia ocidental em áreas como redes sociais e e-commerce”, finalizou o CEO da McKinsey, José Neves, à Forbes.

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