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Exportações industriais de MS têm melhor performance de janeiro a abril dos últimos 5 anos

Receita com exportações de produtos industrializados alcançou US$ 1,23 bilhão nos 4 primeiros meses deste ano – Divulgação

A receita obtida com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresentou a melhor performance para o período de janeiro a abril dos últimos cinco anos ao alcançar US$ 1,23 bilhão nos quatro primeiros meses deste ano, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Em 2015, conforme o Radar da Fiems, o setor obteve receita de US$ 936,8 milhões no intervalo de janeiro a abril e, de lá para cá, esse montante só tinha sido superado no ano passado, quando somou US$ 1,11 bilhões no 1º quadrimestre de 2018.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, se for analisar desde o início da série histórica do levantamento, ou seja, 2009, o período de janeiro a abril de 2019 é o melhor para as exportações de industrializados de Mato Grosso do Sul dos últimos 10 anos. “A exportação de celulose é a grande responsável por essa performance extraordinária, pois, quando esse produto industrial entrou na pauta de exportações do Estado, a receita tem crescido ano após ano e já é superior ao do complexo frigorífico, que dominava a balança comercial sul-mato-grossense”, analisou.

Ezequiel Resende destaca que, em abril, a receita com a exportação de produtos industriais alcançou US$ 281,2 milhões, aumento de 3% em relação ao mesmo mês de 2018, quando o valor ficou em US$ 273,9 milhões. “Já no acumulado de janeiro a abril de 2019 a receita total alcançou US$ 1,213 bilhão, indicando aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2018, quando o resultado ficou em US$ 1,118 bilhão. Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 68% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul e, no acumulado do ano, a participação está em 74%”, informou.

Detalhamento por grupos

No período de janeiro a abril deste ano, os grupos de maior destaque nas exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul são “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Óleos Vegetais”, “Extrativo Mineral” e “Couros e Peles”, que, somados representaram 97,5% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de industrializados ao exterior. O grupo “Celulose e Papel” registrou nos primeiros quatro meses deste ano receita de US$ 710,61 milhões, um aumento de 24%, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 696,71 milhões), tendo como principais compradores China, com US$ 393,97 milhões, Estados Unidos, com US$ 102,7 milhões, Itália, com US$ 63,3 milhões, Holanda, com US$ 54,8 milhões, e Espanha, com US$ 13,7 milhões.

“A celulose manteve-se como principal produto vendido pelo Estado no mercado internacional nos quatro primeiros meses de 2019. O produto registrou um incremento no faturamento na comparação com a mesma parcial de 2018, de 24,33%, passando de US$ 560,334 milhões para US$ 696,713 milhões”, analisou Ezequiel Resende. Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida de janeiro a abril foi de US$ 319,3 milhões, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 41,2% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas de bovinos congeladas, que totalizaram US$ 131,5 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 54 milhões, Chile, com US$ 41,2 milhões, Emirados Árabes Unidos, com US$ 39,2 milhões, China, com US$ 19,4 milhões, Arábia Saudita, com US$ 18,9 milhões, e Japão, com US$ 14,5 milhões.

“A autoridade sanitária da Índia aprovou a primeira permissão de importação para carne de frango in natura brasileira. A carne de frango é a proteína animal mais consumida na Índia e estima-se que o mercado indiano para o produto vá continuar crescendo a uma taxa de 7% a 8% ao ano. A expectativa do governo brasileiro é que as importações indianas aumentem na medida da expansão do mercado. A partir da medida anunciada, todas as plantas frigoríficas registradas no Serviço de Inspeção Federal (SIF) já podem exportar carne de frango in natura para aquele país”, ressaltou o economista.

Outros grupos

Para o grupo “Óleos Vegetais”, a receita alcançou US$ 70,6 milhões no quadrimestre, um crescimento de 19% na comparação com o mesmo período de 2018, com destaque para farinhas e pellets da extração de óleo de soja, que somaram US$ 63,3 milhões, tendo como principais compradores a Indonésia, com US$ 34,2 milhões, o Reino Unido, com US$ 10,5 milhões, a Polônia, com US$ 8,3 milhões, e Dinamarca, com US$ 3,7 milhão.

“A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou para cima sua estimativa para a produção de soja no Brasil na temporada 2018/19. A colheita deve ser de 117,6 milhões de toneladas, acima das 116,9 milhões de toneladas esperadas em 19 de março. Para o farelo, a entidade manteve a estimativa anterior: a produção deve ser de 32,6 milhões de toneladas, a exportação de 16,2 milhões de toneladas, o consumo interno de 16,3 milhões de toneladas e o estoque final de 1,89 milhão de toneladas”, pontuou Ezequiel Resende.

No grupo “Siderurgia e Metalurgia Básica”, as exportações de janeiro a abril deste ano somaram US$ 11,7 milhões, uma elevação de 142% na comparação com o mesmo período de 2018, com destaque para ferro fundido bruto não ligado, que somou US$ 10,3 milhões, tendo como principais compradores o México, com US$ 9,5 milhões, Paraguai, com US$ 900,1 mil, Argentina, com US$ 783,9 mil, e Bolívia, com US$ 504,8 mil.

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