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Exportação de industrializados de MS alcança US$ 2,04 bilhões em sete meses

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresenta crescimento de 26% nos primeiros sete meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, aumentando de US$ 1,61 bilhão para US$ 2,04 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, quando se fala em exportações de industrializados, nos últimos 10 anos, a balança comercial do setor no Estado saiu de US$ 663,1 milhões em 2007 para US$ 3,05 bilhões em 2017, ou seja, um crescimento de 360%.

“Isso é uma amostra clara do potencial de Mato Grosso do Sul no setor industrial, revelando o tamanho do campo para crescer que o Estado tem. Isso é uma conta muito clara de que Mato Grosso do Sul vem se industrializando a passos largos. Hoje, o que nós produzimos no Estado tem aceitação no mercado mundial, seja minério de ferro, celulose ou carnes bovina, suína e de aves”, pontuou Sérgio Longen.

O presidente da Fiems acrescenta que o Mato Grosso do Sul vem avançando muito positivamente nas exportações, o que contribui para a consolidação da indústria. “Quando você pega o mapa industrial de Mato Grosso do Sul, é possível verificar que diversos segmentos do setor estão crescendo em regiões que antes não tínhamos indústrias e o reflexo disso podemos constatar no aumento das exportações”, reforçou.

Se considerarmos apenas o mês de julho deste ano comparado com julho do ano passado, o aumento nas exportações de industrializados foi de 30%, saltando de US$ 228,8 milhões para US$ 296,7 milhões. De acordo com a avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, esse foi o melhor resultado para o mês de julho dos últimos quatro anos em Mato Grosso do Sul.

“Em relação ao volume, no ano, teve aumento de 16%. Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 55% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, a participação ficou em 58%”, destacou o economista, completando que os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles” que, somados, representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

Celulose e carnes

No grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 1,12 bilhão, crescimento de 99% nos sete meses de 2018 comparado com a somatória de janeiro a julho de 2017, dos quais 105% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 1,09 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 619,7 milhões, Itália, com US$ 123,9 milhões, Holanda, com US$ 89 milhões, Estados Unidos, com US$ 69,1 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 31,5 milhões. “Atualmente o mercado global de celulose passa por um momento positivo, na onda da recuperação econômica dos Estados Unidos e Europa. Segundo a projeção de diferentes economistas, o ciclo do aumento de preços deve durar até 2019, uma vez que o crescimento da demanda é linear, enquanto que a oferta não acompanha o mesmo ritmo”, destacou Ezequiel Resende.

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida na soma de janeiro a julho deste ano foi de US$ 483,4 milhões, uma redução de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 34,7% do total alcançado são oriundos das carnes bovinas desossadas congeladas, que totalizaram US$ 167,8 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 104,1 milhões, Chile, com US$ 77,6 milhões, China, com US$ 33,8 milhões, Arábia Saudita, com US$ 31,7 milhões, e Irã, com US$ 29,4 milhões.

“O recente desempenho do comércio brasileiro com os BRICS mostra como os produtores de carne do País estão direcionando seus esforços para a China na intenção de mitigar os impactos causados pela restrição russa à proteína animal. Atualmente, os embarques de carne para a Rússia pararam completamente, enquanto as exportações de carga refrigerada da China continuam crescendo. No segundo semestre, o forte desempenho da exportação de carne para a China seguirá pressionando a capacidade de todas as empresas de transporte marítimo”, ressaltou o economista.

Outros grupos

O grupo “Extrativo Mineral” aparece em terceiro com melhor desempenho, tendo uma receita de US$ 142,5 milhões no período analisado, aumento de 32% comparado com a somatória de janeiro a julho do ano passado, sendo que 80,6% desse montante foi alcançado pelos minérios de ferro e seus concentrados, que somaram US$ 89 milhões, tendo como principais compradores Argentina, com US$ 78,5 milhões, e Uruguai, com US$ 59,5 milhões.

“As exportações de minérios pelo Brasil devem crescer 2,5% neste ano, para 410 milhões de toneladas, em meio a uma expectativa de aumento de investimentos no setor, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), que representa mineradoras responsáveis por 90% da produção mineral do País”, detalhou Ezequiel Resende.

Para o grupo “Óleos Vegetais”, a receita alcançou US$ 125 milhões nos sete primeiros meses deste ano, um crescimento de 107% na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para farinhas e pellets, que somaram US$ 79,9 milhões, tendo como principais compradores Tailândia, com US$ 46,2 milhões, Indonésia, como US$ 23,7 milhões, Vietnã, com US$ 10,6 milhões, Holanda, com US$ 9 milhões, e Espanha, com US$ 8,6 milhões.

“Um dos destaques da balança comercial do agronegócio deste ano é o farelo de soja. As exportações do mês passado foram 43% superiores, em volume, às de igual período de 2017. Os preços subiram 20%. Volume e preços maiores garantiram ao Brasil receitas, em julho, 72% superiores às de igual período do ano passado, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior)”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

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