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Explosão nas internações por infarto no País preocupa; em MS crescimento foi de 219% desde 2008

Entre as mulheres o aumento de casos foi ainda mais expressivo, passando de 240%

O Hospital Unimed Campo Grande – Foto: Assessoria

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Ministério da Saúde, apontam uma explosão de 158,31% no número de internações por infarto em todo o País entre os anos de 2008 e 2022. Em Mato Grosso do Sul, a situação é ainda mais preocupante, com crescimento que passa dos 219% nas internações decorrentes de infarto do miocárdio, sendo que entre as mulheres o índice supera alarmantes 240%.

Médico cardiologista da Unimed Campo Grande, Dr. Délcio Gonçalves da Silva Júnior explica que a pandemia teve importante contribuição para esta explosão e que, além de fatores emocionais, como estresse, é preciso levar em conta o estilo de vida.

A gravidade do avanço das doenças cardiovasculares no País, inclusive, motivou, no dia 07 de novembro, a realização da audiência pública “Sensibilização quanto à presteza na abordagem dos infartos do miocárdio”, na qual o Dr. Délcio Gonçalves foi um dos palestrantes.

Mulheres – O avanço das doenças cardiovasculares entre mulheres chama a atenção. De acordo com o relatório do INC, no último ano 858 foram internadas após infartos em Mato Grosso do Sul, ao passo que em 2008 foram 252 internações (+240,48%). Entre homens, o número de internações saltou de 467 para 1.436 no mesmo período (+207,49%). O cardiologista explica que, além de ficarem mais expostas a fatores de risco, como sobrecarga de jornadas profissionais e domésticas; tabagismo e obesidade, estudos indicam que os mesmos fatores que acometem homens e mulheres parecem ser mais graves entre elas. “A hipertensão causa mais dano cardiovascular; o colesterol, nos mesmos valores que em homens, é mais perigoso entre as mulheres. Até pouco tempo, sabíamos que elas tinham proteção hormonal até a fase da menopausa e, após, as condições ficavam semelhantes entre os gêneros. Porém, temos visto que não é bem assim”, pondera.

Além de mulheres mais jovens adoecidas e submetidas a procedimentos como angioplastias, homens mais jovens também têm sido acometidos com mais frequência. Evolução que se explica por um estilo de vida cada vez mais sedentário, alimentação facilitada – ao alcance de um clique – rica em gorduras e carboidratos e uma migração de fatores. “Se hoje temos um nível de tabagismo em queda, em torno de 8% a 12% quando em estados da região Sul chega a 20%, os hábitos de narguilé e vape não são inocentes. Pelo contrário, têm exposto mais as pessoas às chances de doenças cardiovasculares”. No que diz respeito às características regionais, os hábitos alimentares, ricos em gordura saturada, representado pelo alto consumo de churrasco, também podem estar relacionados ao avanço das doenças cardiovasculares. Dr. Délcio lembra que no Estado o índice de hipertensos é de 34%, um dos maiores do País.

Ainda que não seja exclusivo de Mato Grosso do Sul, o calor também interfere neste cenário. “Temperaturas muito elevadas aumentam incidência de doenças cardiovasculares e infarto e os motivos são vários: maior desidratação; maior viscosidade sanguínea; maior consumo energético para manter temperatura interna e tudo pode aumentar chances de uma isquemia, seja ela cerebral ou cardíaca”.

Prevenção – As doenças cardiovasculares, de forma geral, são silenciosas, portanto, avaliações periódicas são fundamentais. Se há histórico de doenças cardiovasculares, diabetes e colesterol alto entre os pais, a aferição de pressão, colesterol e glicose sistemática é recomendável pelo menos a partir dos 18 anos. Nos demais casos, a partir dos 35 é importante uma avaliação geral, especialmente quando for iniciar atividades físicas, recomenda o cardiologista. Nestas avaliações, são feitos exames clínicos, aferição da pressão, eletrocardiograma e, se necessário, serão solicitados exames mais acurados para avaliação cardiovascular do paciente, como teste de esforço, ecocardiograma e ultrassom.

Em pacientes que já começaram a desenvolver doença cardíaca, os sintomas mais comuns são falta de ar aos esforços ou ao se deitar; palpitações; tonturas; dor no peito após fazer atividades físicas; ou depois de se alimentar ou depois de passar por um estresse emocional. “Se você tiver sintoma de dor ou pressão no peito, principalmente associado ao suor frio, náuseas e falta de ar, com duração de mais de 10 minutos,  esse é um sinal de alerta para um possível infarto e você deve procurar atendimento médico de emergência para se submeter aos exames de eletrocardiograma, exames de sangue para confirmar ou não esse diagnóstico”, alerta Dr. Délcio Gonçalves.

Viver Bem – Com foco na qualidade de vida de seus beneficiários, o Programa Viver Bem, da Unimed Campo Grande, oferece atendimento exclusivo com abordagem multidisciplinar nas linhas de cuidado Hipertensão, Diabetes, Obesidade/Sobrepeso e outras transversais, como o Agita Unimed, realizado com acompanhamento de profissionais de educação física. Para obter mais informações sobre o programa, o telefone é o 0800 515 1510.

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