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Em Dia de Campo Embrapa inaugura uma URT, apresenta dados de sistemas Silvipastoris e lança publicação

Inauguração da 2ª URT na Fazenda Boa Aguada – Foto: Eliana Cezar

Mais de 100 pessoas entre produtores, técnicos e estudantes participaram nesta última sexta-feira, do Dia de Campo na Fazenda Boa Aguada, em Ribas do Rio Pardo, cidade Sul-Mato-Grossense distante 97 km da capital Campo Grande.

O evento realizado pela Embrapa Gado de Corte com apoio e patrocínio de várias entidades teve por objetivo apresentar dados de implantação e condução de sistemas silvipastoris no Mato Grosso do Sul e inaugurar a segunda Unidade de Referência Tecnológica (URT) na fazenda, que é parceira da Embrapa.

Durante a abertura foi lançado o 2º volume da série Mitos e Verdades Sobre a Carne, com o tema “Água”, resultado de outra parceria entre a Embrapa e a Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Novilho Precoce. A publicação, em formato de gibi, é voltada para crianças e de forma lúdica repassa informações do uso da água na pecuária. Segundo um dos autores, o analista da Embrapa, Rodrigo Alva, seu conteúdo tem embasamento científico, esclarece dúvidas e anula enganos como o de culpar a falta de água ao boi.

Participaram da abertura várias autoridades de órgãos e instituições ligadas aos governos federal, estadual e municipal e de empresas públicas e privadas ligadas ao setor agropecuário que elogiaram a iniciativa.

No campo foram formados quatro grupos, entre técnicos, pecuaristas e estudantes que assistiram às apresentações sobre os componentes; florestal, forrageiro e solo, animal e financeiro. Em cada uma das estações os pesquisadores abordaram a implantação do projeto, tamanho de área, custos e resultados esperados. Os participantes tiveram oportunidade de tirar dúvidas sobre capins, questionar sobre custos, árvores utilizadas no sistema e como manejá-las de forma limpa e sustentável, taxa de lotação animal, manejo de animais e de pasto, manejo e correção de solo, custo de produção entre outras informações.

Sistema pode ser rentável para o produtor

Um dos destaques da pesquisadora Mariana Aragão que apresentou na estação financeira foi abordar os desafios da integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF) na elaboração de projetos e gestão. Comentou sobre os custos de implantação da URT chamando atenção para a análise e equilíbrio de projetos. “Quanto mais árvores no sistema, maiores serão os custos”, afirmou a pesquisadora que chamou a atenção para a complexidade de custos de implantação e gestão do sistema e fatores que podem agregar. Abordou perspectivas de mercado da madeira admitindo seu potencial, mas chamou atenção para a crise econômica. “O momento é de precaução”, alertou Mariana, porém admite que as perspectivas são positivas podendo-se pensar em novas possibilidades.

Na Estação pasto e solo os pesquisadores Ademir Zimmer e Roberto Giolo falaram de metas que é dobrar a produção sem aumentar a área, entre outras abordagens como a da qualidade nutritiva superior do pasto sombreado, informação que chamou atenção dos participantes.
Já o pesquisador André Dominghetti apresentou dados das árvores utilizadas com vistas a tornar o sistema mais produtivo, o que inclui um manejo adequado de desrama – que leva 15 meses para fazer a primeira – do desbaste para produção de madeira e de outras possibilidades comerciais como a extração de óleo de eucalipto.

Rodrigo Gomes, pesquisador que apresentou o componente animal falou de estratégias e alternativas de ganho de peso animal. Na URT implantada há 60 dias, cuja área total é de 49 hectares, sendo nove hectares de floresta, o ganho de peso por dia foi de 630 gramas, o que corresponde a 2,2 cabeças por hectare, número este considerado adequado para a estação do ano avaliada e equivalente a outros sistemas que não utilizam o componente arbóreo, com a vantagem da exploração comercial do óleo e da madeira.

Parceiros que acreditam em tecnologia que será útil para MS e outros estados

Para o chefe-geral da Embrapa, Cleber Soares, que participou de todo o evento, a implantação de mais uma URT torna-se importante para o setor produtivo, “pois novos parâmetros de ILPF serão desenvolvidos com diferentes clones de eucaliptos e pastagens e novas recomendações técnicas e econômicas surgirão, ampliando as alternativas para solos frágeis – um dos grandes desafios da agropecuária brasileira”.

A gerência da fazenda Boa Aguada que recebe a nova URT se diz satisfeita com a parceria e de poder contribuir. Moacir Reis se orgulha em dizer que “daqui vão sair resultados para outros pecuaristas”. Ele afirma que o sistema é auto sustentável e destaca a importância da questão social de geração de emprego para as duas cadeias: a da carne e da floresta.

O dia de campo foi coordenado pela pesquisadora da Embrapa Gado de Corte Fabiana Villa Alves e obteve patrocínio e apoio da Tortuga – DSM, Rede de Fomento ILPF (Cooperativa Agroindustrial Cocamar, Dow AgroSciences, John Deere, Parker e Syngenta) e Sindicatos Rurais de Ribas do Rio Pardo e Águas Claras.

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