Em Brasília, FIEMS reforça com senadores pedido de redução de juros do FCO Empresarial

Proposta visa equalizar os juros cobrados entre as linhas de crédito rural e empresarial

A demanda do setor produtivo sul-mato-grossense pela redução dos juros em financiamentos do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) está perto de ser atendida. Nesta quarta-feira (02/02), o presidente do Sistema FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, participou de reunião no Senado Federal para acertar os últimos detalhes de uma proposta que visa equalizar os juros cobrados entre as linhas de crédito rural e empresarial.

Atualmente, as duas modalidades de financiamento recebem tratamento diferente. Enquanto o FCO Rural possui taxa pré-fixada que gira em torno de 5% ao ano, o FCO Empresarial é corrigido pela inflação, além de uma parte pré-fixada, o que pode representar juros finais superiores a 13% ao ano. A alta recente da inflação causou aumento dos encargos financeiros dessa linha de financiamento, o que inviabiliza investimentos em longo prazo. A ideia é que os juros no FCO Empresarial passem a ser pré-fixados, como ocorre no FCO Rural.

A proposta foi formulada por senadores, atendendo a apelos da classe empresarial, e apresentada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. O órgão ministerial submeteu a matéria à análise do CMN (Conselho Monetário Nacional). O órgão do Governo Federal deve reunir-se na próxima quinta-feira (03/02) para deliberar sobre o teor do documento. Caso seja aprovada, a matéria é regulamentada e passa a valer para os contratos futuros. A ideia é estender a equalização dos juros nos financiamentos com fundos constitucionais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O encontro, realizado no gabinete da liderança do PSD no Senado, foi presidido pelo parlamentar Nelsinho Trad. A reunião contou, entre outros, com a participação de senadores pessedistas; do chefe da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), Nelson Fraga; do titular da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck; de presidentes de federações industriais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e do chefe de gabinete da presidência da FIEMS, Robson Del Casale.

Longen agradeceu o empenho do senador Nelsinho Trad e reforçou o pedido para que os parlamentares sensibilizem o CMN sobre a necessidade de rever as taxas de juros. “Agradeço o senador Nelsinho Trad, que tem capitaneado no Senado essas ações que buscam fazer com que os juros empresariais do FCO venham para um patamar de normalidade. Entendemos que precisávamos de ajuda e quero agradecer por essas ações construídas aqui na liderança do PSD. É extremamente importante termos os juros ajustados, já que temos recursos para 2022”, afirmou.

Jaime Verruck destacou a necessidade de reduzir juros para trazer maior previsibilidade aos empresários e destravar investimentos que poderiam ser feitos na economia estadual, gerando emprego e renda. “Somos dependentes desses recursos do FCO para o desenvolvimento das nossas atividades produtivas. Viemos aqui buscar a aprovação rápida da proposta junto ao Conselho Monetário Nacional. Já temos um documento consensual, por isso precisamos que os senadores nos apoiem, para que o empresariado sul-mato-grossense possa gerar emprego, investir e se desenvolver. A FIEMS e todo o setor produtivo estão juntos, fazendo esse trabalho forte”, salientou.

O senador Nelsinho Trad reconheceu o papel importante do parlamento para viabilizar medidas que possam fortalecer a economia local. “Uma das funções do senador é fazer a ponte entre os setores que promovem o desenvolvimento com o Governo Federal. É isso que estamos fazendo aqui hoje. Ajustando a questão da taxa de juros para o setor empresarial, porque nós precisamos retomar o desenvolvimento, principalmente diante de tudo o que passamos com a pandemia do covid-19”, finalizou.

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