Pesquisa de Milgrom e Wilson ampliou os conhecimentos sobre os leilões e também sobre a forma como os participantes se comportam
A dupla de americanos Paul R. Milgrom e Robert B. Wilson levou o prêmio Nobel de Economia, anunciado nesta segunda-feira (12), por pesquisas sobre a teoria dos leilões. Milgrom e Wilson conseguiram utilizar os conhecimentos sobre o tema para criar novos formatos de leilões para bens e serviços mais difíceis de serem comercializados, como frequências de rádio. As informações são do R7.
As descobertas da dupla beneficiam vendedores, compradores e todas as pessoas que pagam impostos em todo mundo.
A academia sueca afirma que leilões estão em todos os lugares e afetam o dia a dia de todas as pessoas. Ambos os vencedores são americanos: Milgrom nasceu em Detroit, em 1948, e Wilson em Geneva, em 1937.
Wilson foi responsável por desenvolver a teoria dos leilões para casos em que o valor do objetivo é próximo para todos os participantes, mas cada um deles têm informações diferentes sobre a peça. Segundo a academia, “Wilson mostrou por que proponentes racionais tendem a dar lances menores do que os próprios valores: eles se preocupam com o curso do vencedor – que é sobre pagar muito e perder tudo”.
Já Milgrom formulou uma teoria mais genérica, que também considera os leilões em que cada um dos participantes dá um valor para o item leiloado, análise que varia de acordo com o avaliador. A academia afirma que “ele analisou as estratégias de lances em uma quantidade de formatos de leilões conhecidos, demonstrando que o formato dava ao vendedor uma alta expectativa de venda quando os proponentes aprendem mais sobre os valores estimados dos outros participantes”.
Em 2019, o prêmio foi destinado a Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer “por sua abordagem experimental para aliviar a pobreza global”.
O anúncio desta segunda é o último da edição de 2020 dos prêmios. Na semana passada foram divulgados os nomes dos vencedores de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz.