Dourados terá o maior hospital do Estado para mulher e criança

Deputado Geraldo Resende visita maternidade do HU e obras de construção do Hospital da Mulher e da Criança – Foto de Eliel Oliveira

Estrutura anexa ao Hospital Universitário vai oferecer programas de acompanhamento integral a gestante; desde o Pronto Atendimento em Ginecologia e Obstetrícia ao pós-parto

O Hospital da Mulher e da Criança, que está sendo construído em anexo ao Hospital Universitário de Dourados, será a maior unidade materno-infantil de Mato Grosso do Sul. A afirmação é do deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), que esteve quarta-feira da semana passada (31) no canteiro de obras. O parlamentar é o principal autor dos recursos e articulador de investimentos junto a Bancada Federal para a construção da unidade.

De acordo com o superintendente do Hospital Universitário, Ricardo do Carmo Filho, a unidade vai representar um aumento na qualidade e no acolhimento à gestante, superando inclusive questões de superlotação na maternidade. O Hospital também prepara novas residências em Enfermagem Obstétrica e Saúde Materno Infantil que refletem a evolução da missão institucional em promover assistência à saúde de maneira indissociável do ensino, da pesquisa e da extensão.

Conforme ele, com uma estrutura maior, será possível ampliar projetos e programas como parto adequado, Doulas Voluntárias, entre outros que visam ainda a oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós-parto, considerando a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da gestante e da família.

A unidade também contará com o Pronto Atendimento Ginecológico e Obstétrico que oferecerá diversos serviços para as gestantes. Atualmente o Hospital Universitário tem a maternidade que mais realiza partos no Estado. São 91% de todos os partos da macrorregião, que envolve 34 municípios.

O deputado Geraldo Resende, que viabilizou os recursos federais para a obra juntamente com outros integrantes da bancada federal, comemora o início dos trabalhos de construção e explica que a unidade tem o objetivo de suprir a demanda de atendimento e diminuir os casos de mortalidade infantil.

“É uma luta que começa a se tornar realidade. O objetivo desse hospital será garantir um cuidado especial às gestantes e aos bebês, além de ampliar as atividades de ensino e pesquisa, que são inerentes ao Hospital Universitário. Com certeza será a mais moderna estrutura de saúde pública especializada em obstetrícia do Estado”, destaca o parlamentar.

Segundo Geraldo, a nova unidade vai acabar com a superlotação. “Atualmente a taxa de ocupação na maternidade do Hospital Universitário é de 182%, ou seja, quase o dobro. São 25 leitos de obstetrícia e 6 leitos de ginecologia contratualizados, mas a demanda é sempre muito maior do que isso”.

O deputado explica que além desse fator, há a questão da mortalidade infantil, que em Dourados, com cerca de 15,86 óbitos por um mil nascidos vivos, está acima da taxa nacional, que é de 15,7. Em Mato Grosso do Sul a taxa é de 15,9, segundo dados do IBGE. “Diante de dados preocupantes como esse, em que vidas estão em jogo, o Hospital da Mulher e da Criança será um grande divisor de águas na obstetrícia do Estado”, ressalta Geraldo.

Investimentos

Para o início das obras, o Ministério da Educação já liberou a quantia de R$ 19 milhões, cuja primeira etapa demandará um investimento de R$ 34 milhões. Incluindo a segunda etapa, o Hospital custará R$ 51 milhões e já conta com investimentos garantidos pelo Governo federal.

A edificação terá área construída de 6.370,68 metros quadrados, além de 18 mil metros quadrados de urbanismo e infraestrutura completa. Já na primeira etapa, o hospital vai ofertar 55 leitos e serviços de pronto-atendimento pediátrico, pronto-atendimento obstétrico, alojamento conjunto da maternidade, Centro de Parto Normal com cinco quartos PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto), Centro Obstétrico com quatro salas cirúrgicas, Ambulatório Pré-Natal de Alto Risco, além de estruturas de apoio, como sala de plantão, área de apoio a Ensino e Pesquisa, brinquedoteca e área de convivência, com café e recepção geral.

Na segunda etapa, serão construídos 3.304,42 metros quadrados, consistindo em uma estrutura que vai abrigar mais 80 leitos distribuídos entre as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Pediátrica e Neonatal, Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs), além de estruturas de apoio, como Banco de Leite Humano, Ambulatório Segmento Recém-Nascido, plantão e apoio ao Ensino e Pesquisa.

A luta pela construção do Hospital da Mulher e da Criança começou em 2009 com a garantia de R$ 12,9 milhões em 2010, os quais foram perdidos por questões burocráticas pela gestão anterior da UFGD. Mesmo assim, o deputado Geraldo Resende trabalhou pela conquista de novos recursos com o apoio da bancada federal, envolvendo os senadores Waldemir Moka, Simone Tebet e os deputados Carlos Marun, Tereza Cristina e Luiz Henrique Mandetta.

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