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Diante da violência, audiência pública questiona o que é ser mulher em MS

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, três índices relacionados ao tema pioraram no Estado – Foto: Thiago Morais

Uma audiência pública será realizada no dia 22 de março de 2018, às 19h, no Plenário da Câmara de Dourados com o tema: “o que é ser mulher em Mato Grosso do Sul? A violência contra a saúde e a cultura do estupro”. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, três índices relacionados ao tema pioraram no Estado, sendo o total de casos, tentativas de estupro e violência doméstica.

De acordo com o documento, no país cresceu o número de mulheres vítimas de homicídio, sendo que a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal. São 4.473 homicídios dolosos em 2017, um aumento de 6,5% em relação a 2016, isso significa que doze mulheres são assassinadas todos os dias a cada duas horas, em média. Apesar disso, ainda falta de padronização e de registros atrapalham monitoramento de feminicídios (assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero).

No caso de MS, além disso, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) mostrou em 2016 que cada pessoa consome proporcionalmente até 40 litros de agrotóxicos por ano, quase seis vezes a mais do que a média nacional, de 7,3 litros. A pesquisa da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) revelou que isso pode contaminar o leite materno, a água e o solo, além de causar diversas doenças, como problemas motores, infertilidade, problemas com hormônios, endometriose, câncer e até mesmo aborto.

Para falar sobre o assunto, na mesa para abrir os debates, estarão: Sandra Procópio da Silva, que é doutoranda em Geografia e professora da Licenciatura em Educação do Campo na Faculdade Intercultural Indígena (FAIND)/UFGD, bem como Maria de Lourdes Dutra, doutora em Saúde Coletiva, pesquisadora da violência contra as mulheres e professora da Unigran, além de Estela Márcia Rondina Scandola, doutora em Serviço Social, membro da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e professora da Escola de Saúde Pública – ESP/MS.

Lembrando que o ato foi construído com o Movimento Popular de Mulheres antes do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, mas com toda a situação que envolve o fato, esse é mais um exemplo do que é ser mulher neste país, segundo o propositor da atividade, o vereador Elias Ishy (PT). Assim como a cultura do estupro, que banaliza o crime culpando as vítimas pelo assédio, ele lembra que várias notícias falsas estão sendo espalhadas pelas redes sociais para difamá-la. “Vamos lutar para que isso não seja ainda uma intimidação à participação política das mulheres”, finaliza o parlamentar.

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