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Dia Mundial da Juventude

  • Por João Baptista Herkenhoff 

Trinta de março – Dia Mundial da Juventude – é data que merece lembrança e debate nas escolas, nas igrejas, nos sindicatos, nos meios de comunicação.

A primeira dificuldade, na abordagem deste tema, é definir o que é juventude.

Victor Hugo disse que quarenta anos é velhice para a juventude, enquanto cinquenta anos é juventude para a velhice.

Deixo a questão cronológica em aberto.

Importante papel na vida da Igreja e na vida do país foi exercido pela JEC (Juventude Estudantil Católica), pela JOC (Juventude Oparária Católica) e pela JUC (Juventude Universitária Católica), reconhecidas nacionalmente pela hierarquia eclesiástica, em julho de 1950, como integrando a Ação Católica Brasileira (ACB), com a missão de difundir os ensinamentos e a doutrina da Igreja junto aos estudantes e aos trabalhadores.

A organização em nível nacional da JEC, da JOC e da JUC só se tornou possível após as reformulações sofridas pela ACB a partir de 1942, ano do falecimento de seu criador, o cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra.

No ano de 1950, a ACB modificou seus critérios de organização do laicato, adotando o modelo belga e francês, que reduzia a importância das dioceses e valorizava a formação, em nível nacional, de grupos ligados aos diversos meios sociais.

No decorrer da década de 1950, o objetivo básico dos ramos estudantis da ACB — a JEC e a JUC — foi a difusão da doutrina da Igreja no meio escolar e universitário.

No início da década de 1960, as duas organizações desenvolveram uma formulação ideológica bastante definida.

Acreditando na necessidade de mudanças estruturais na sociedade, as duas entidades procuraram ter uma participação mais ativa. Decidiram vincular-se ao Movimento de Educação de Base (MEB).

Vários membros da hierarquia eclesiástica opuseram-se ao novo caráter da JEC e da JUC, sob o argumento de que a Ação Católica Brasileira devia ter missão basicamente espiritual.

Após o golpe de março de 1964, os membros da JEC e da JUC foram perseguidos pela repressão.

A ACB desapareceu em 1966.

No final de 1966, adotando posição idêntica à da JUC, a JEC desligou-se da hierarquia eclesiástica e recomendou que seus militantes prosseguissem individualmente sua missão.

A JEC e a JUC tiveram expressiva presença no Brasil.

Líderes de relevo receberam o batismo de fogo da JUC.

O Departamento de História das universidades prestará um grande serviço à memória nacional se resgatar esse recorte de nosso passado.

  • João Baptista Herkenhoff 

Juiz de Direito aposentado (ES), palestrante e escritor

E-mail: jbpherkenhoff@gmail.com

Homepage – www.palestrantededireito.com.br

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