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Daniela Hall alerta pais para alteração de comportamento após abuso sexual

Somente em 2017, o Conselho Tutelar de Dourados atendeu mais de 50 casos de violência sexual envolvendo crianças e adolescentes, sendo em 80% dos casos, cometidos em ambiente familiar

Para vereadora, o assunto precisa ser mais discutido com crianças e adolescentes – Foto: Thiago Moraes

Nesta sexta-feira, dia 18, é o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil. Em Dourados, com mais de mil denúncias envolvendo situações de maus tratos, abandono intelectual e afetivo, todos eles ocasionados por questões de estrutura familiar, o Conselho Tutelar atendeu mais de 50 casos de violência sexual, envolvendo crianças e adolescentes no ano passado e, neste ano, já foram registrados 10 casos, sendo sete contra menores indígenas e nove denúncias ainda sem confirmação do ato.

Para a presidente da Câmara de Dourados, Daniela Hall (PSD), a população precisa falar mais sobre o assunto e denunciar, pois somente assim esse crime poderá ser combatido. “Quando você finge que não vê, quando você se cala, acaba se tornando cúmplice desse crime. Em Mato Grosso do Sul, 85% das notificações de estupro são cometidas em ambiente familiar e contra crianças e adolescentes. Porém, o número pode ser maior, porque muitas vezes, a vergonha de admitir um caso em família também ajuda a mascarar as estatísticas”, disse Daniela Hall.

Por isso, a vereadora alerta aos pais para alterações no comportamento da criança ou do adolescente. “A criança sempre vai manifestar que algo está errado com ela por meio do seu comportamento, seja no sono, na alimentação ou no desempenho na escola. Isso ocorre em qualquer situação, não apenas com relação ao abuso sexual. Dessa forma, é preciso analisar o contexto. As crianças que são vítimas de violência sexual também podem repetir a violência que sofreram por meio de brincadeiras sexualizadas com outros colegas. Quando o diálogo entre pais e filhos é aberto e acolhedor, o ambiente torna-se propício para que a criança sinta-se à vontade para revelar o abuso. Para isso, ela precisa ter consciência de que está tendo o seu direito violado”, afirmou.

Mas de acordo com a coordenadora do Conselho Tutelar, Maria de Lourdes Paiva, a situação das crianças e adolescentes da aldeia indígena é tida como um grande desafio para o colegiado. “A maioria dos casos atendidos de violência sexual é dentro da comunidade indígena, onde a maioria das famílias sofre com a falta de estrutura familiar. Os casos têm aumentado, porque a população tem entendido a importância da denúncia”, enfatizou a conselheira.

Segundo ela, a denúncia é anônima e gratuita. “Quando identificada a violência, a principal ferramenta é o Disque 100 para que o Conselho Tutelar realize as ações necessárias para a proteção do menor”, disse Maria de Lourdes, lembrando que todo o processo é cuidadosamente acompanhado pelos profissionais e pelo Creas (Centro de Referência Especializado em Assistência Social) e, quando necessários, os casos são encaminhados para a Polícia Civil e outros para Polícia Federal (como casos em que há pedofilia), sendo todos os processos sigilosos.

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