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Copom eleva taxa Selic em um ponto, para 5,25% ao ano

A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (4) e veio de acordo com a expectativa do mercado financeiro. Trata-se do maior aperto monetário dos últimos 18 anos

Decisão de elevar a Selic em um ponto era esperada pelo mercado – Assessoria/BC

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual. Assim, a taxa de referência do país passa de 4,25% ao ano para 5,25% a.a. Essa foi o quarto aumento consecutivo desde o início do movimento de alta dos juros, em março. As informações são da CNN Brasil.

Em comunicado, a autoridade monetária indica que um ciclo de elevação da taxa de juros para patamar acima do neutro é agora indicado, dado o cenário, já antevendo outro ajuste de 1 p.p. em sua próxima reunião, em setembro.

“O Copom considera que, neste momento, a estratégia de ser mais tempestivo no ajuste da política monetária é a mais apropriada para garantir a ancoragem das expectativas de inflação (…) O cenário básico e o balanço de riscos indicam ser apropriado um ciclo de elevação da taxa de juros para patamar acima do neutro. Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude”.

Trata-se do maior aperto monetário dos últimos 18 anos. A última vez que o BC aumentou os juros em 1 p.p. foi em 19 de março de 2003, quando passou de 25,5% para 26,5% ao ano.

O movimento era amplamente esperado pelo mercado, mas, ainda assim, deve ser recebido com cautela. “Ainda que esperado, o mercado irá ler o comunicado como um duro recado. Nos chama particular atenção o seguinte trecho onde reafirma mais uma alta de 100 pontos para a próxima reunião”, diz André Perfeito, economista chefe da Necton, em nota.

O avanço na Selic é parte do movimento de retirada de estímulos da atividade econômica pelo BC após o Copom ter reduzido, no ano passado, a taxa à mínima histórica de 2% ao ano, com o objetivo de estimular a recuperação da economia após a pandemia da Covid-19.

Entre os fatores que fortaleceram a decisão do Copom por uma nova alta, estão o avanço contínuo da projeção da inflação, que já está acima da meta, as revisões positivas para o Produto Interno Bruto (PIB), a prorrogação do auxílio emergencial, além da expectativa de um novo Bolsa Família de cerca de R$ 400.

O mercado já prevê uma inflação de 6,79% em 2021. A meta do BC para este ano é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderia oscilar entre 2,25% e 5,25%.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para perseguir a meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com isso, a mediana das projeções é de que a Selic avance até os 7% a.a até o final de 2021. Alguns analistas já estimam uma Selic de 8% a.a até o fim do ano.

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