Segundo a Gazeta Esportiva, a princípio, o Peixe procurou o profissional para o cargo de gerente de futebol. O ex-jogador, no entanto, fez uma contraproposta. A ideia de Luxemburgo era assumir como diretor técnico até o final deste ano, ou seja, com poder para mandar dentro e fora de campo. Já a partir de 2023, ele assumiria apenas o cargo de gerente.
Assim, Luxemburgo pretendia ajudar o clube nesta reta final de Campeonato Brasileiro e também começar a desenhar a próxima temporada, com uma comissão escolhida por ele.
A proposta, entretanto, não agradou o CG. A cúpula santista não viu com bons olhos Luxemburgo como técnico. A decisão não foi unânime.
No momento, o Santos está sem treinador e gerente de futebol. O técnico Lisca pediu demissão na segunda-feira, depois de somente oito jogos. Ao todo, ele somou duas vitórias, três empates e três derrotas, gerando um aproveitamento de 37,5%. Um dia após pedir as contas, ele acertou com o Avaí.
Já Newton Drummond foi demitido no dia 18 de agosto, pouco mais de um mês depois de ser anunciado pelo Peixe, no dia 13 de julho. O presidente Andres Rueda alegou que perdeu a confiança no dirigente após receber um áudio que informava que o filho de Chumbinho estava se envolvendo em negociações do clube.
O último trabalho de Luxemburgo como técnico foi em 2021, no Cruzeiro. Na ocasião, ele dirigiu a Raposa em 23 partidas, das quais venceu oito empatou, empatou 11 e perdeu quatro.
História no Santos
Vanderlei já fez história no comando do Santos no passado. A sua primeira passagem pelo clube foi em 1996. Logo na temporada seguinte, ele conquistou o Torneio Rio-São Paulo.
Depois de treinar a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Sydney, Luxemburgo acertou seu retorno ao Peixe em 2004. Liderados por Robinho, Diego Ribas e Elano, o Alvinegro Praiano foi campeão do Campeonato Brasileiro, com 89 pontos somados.
O triunfo chamou atenção do Real Madrid, que assinou um vínculo com Vanderlei. O trabalho não rendeu o esperado pela diretoria merengue e, dez dias depois do anúncio do seu corte, Marcelo Teixeira, presidente santista na ocasião, repatriou o treinador. Apesar dos dois canecos do Paulistão, ele foi demitido com a eliminação para o Grêmio, nas semifinais da Libertadores de 2007.
Já a última passagem foi 2009. No entanto, o técnico ficou apenas na 10ª colocação do Brasileirão, sua pior temporada à frente da equipe da Vila Belmiro, e foi demitido do cargo em dezembro daquele ano.
