Quarentena pode agravar sintomas de depressão e ansiedade
Em ano de vestibulares que demandam muito preparo psicológico do candidato, como Enem, Fuvest, Vunesp e outros, é preciso ficar atento às mudanças emocionais, já que os níveis de depressão e ansiedade podem ser ainda maiores e mais intensos. Isso porque há a pressão e as cobranças por desempenhos altos feitas pelos pais e familiares, somadas à insegurança, comparação e ao medo de errar dos jovens.
Em 2020, esses fatores se unem ao isolamento social e às preocupações com a saúde, já que, com o aparecimento do novo coronavírus (Covid-19), as rotinas mudaram e as aulas de escolas estaduais e municipais foram suspensas. Para os alunos do último ano do Ensino Médio, a situação pode ser preocupante, devido à proximidade dos vestibulares, e, pensando nisso, algumas cidades começam a ministrar aulas à distância.
Mesmo estudando em casa, a saúde emocional e o equilíbrio devem ser levados em conta. “Se o jovem não está encontrando estratégias eficazes para seguir com uma rotina saudável, é o momento de buscar uma orientação psicológica, para não deixar a situação se agravar”, diz Paula Pimenta, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico do Curso Anglo.
O diagnóstico e o tratamento só podem ser feitos e receitados por um profissional. É importante saber que resultados encontrados na internet não são feitos para serem aplicados em todo mundo, assim como os medicamentos. “É comum as pessoas pesquisarem sintomas e sinais na internet, mas, apesar de algumas informações estarem corretas, existem outros fatores que precisam ser avaliados por um profissional, como o tempo e o início da apresentação dos sintomas, em qual contexto eles surgiram e qual é a sua intensidade, por exemplo”, explica Paula.
Caso o estudante note que já não gosta mais de realizar atividades que antes eram prazerosas e outros sintomas de depressão, deve se consultar com um profissional da área. Deste modo, com um bom acompanhamento, é possível seguir com a rotina de estudos de forma gradual e aos poucos. Por isso, quanto mais rápido o aluno buscar ajuda, maior será a chance de que a depressão impacte pouco em sua preparação para os vestibulares.
Além disso, mesmo que não exista nenhum sintoma ativo, é importante que os candidatos façam atividades físicas, tenham uma alimentação saudável e descansem a mente com livros e filmes que gostem, para equilibrar o tempo com as atividades da rotina de estudos.