Home Manchetes

Com menos efeito colateral, pesquisadores brasileiros trabalham na nanotecnologia como arma contra a Covid-19

A missão é produzir nanofármacos, ou seja, remédios em uma escala reduzida, mas que são certeiros e com menos efeitos colaterais

Um trabalho conjunto entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), tenta encontrar na nanotecnologia uma solução para vencer a luta contra o novo coronavírus. A missão é produzir nanofármacos, ou seja, remédios em uma escala reduzida, mas que são certeiros e com menos efeitos colaterais.

Os pesquisadores estão usando fármacos já conhecidos e transformando-os em uma plataforma nanotecnológica, o que significa colocar o medicamento em nível de tamanho molecular quase atômico. Isso quer dizer que a precisão do fármaco se torna maior e a quantidade de medicamento é reduzida, o que, por consequência, ameniza efeitos adversos, como explica Ralph Santos-Oliveira, especialista em nanorradiofarmácia e analista sênior da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

“Tem a grande vantagem de você melhorar a terapêutica do paciente, pois ele toma menos medicamento, o medicamento é mais efetivo, e esse paciente apresenta bem menos efeito colateral.”

Missão é produzir nanofármacos, remédios em uma escala reduzida, mas que são certeiros e com menos efeitos colaterais – Foto: Tomaz Silva/ABr

A pesquisa conta ainda com ajuda de profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Os laboratórios já estão fazendo testes in vitro para que possam ser, depois, testados em cobaias e humanos infectados. Daniela Santoro Rosa, professora do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Unifesp, explica que o trabalho tem duas frentes e a expectativa é que o resultado possa ajudar brasileiros e estrangeiros o mais rápido possível.

“Inicialmente nós estamos desenvolvendo dois nanossistemas, um para ser utilizado nas formas leves de Covid-19 e outro para ser utilizado nas formas mais graves, quando existe comprometimento respiratório mais acentuado. No momento a gente quer fazer com que essas drogas possam ser utilizadas na clínica na pandemia, que é um problema iminente bastante grave.”

Ainda segundo Daniela, que trabalhou no desenvolvimento de vacinas contra o HIV e, recentemente, pesquisou os vírus Zika e Chikungunya, outro objetivo é desenvolver produtos inéditos e 100% nacionais, o que evitaria ao Brasil esbarrar em questões de importação, problemáticas neste tempo de pandemia.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Sair da versão mobile

Definição de Cookie

Abaixo você pode escolher quais tipos de cookies permitem neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FuncionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalíticoNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de otimizar a usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e FaceBook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AnúnciosNosso site pode utilizar cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OutrosAlgum conteúdo publicado em nosso site pode incluir cookies de terceiros e de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.