Em 2018, Mato Grosso do Sul registrou, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 352 casos novos de hanseníase
Diante do cenário, o Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e de Municípios, realiza ações estratégicas para a vigilância, atenção e controle da doença. Entre as estratégias está a capacitação de profissionais de saúde em diagnóstico e manejo clínico da doença, com foco no diagnóstico precoce e tratamento oportuno dos casos.
Nesse contexto, no período de 04/fevereiro a 03/março deste ano, o estado foi contemplado com o Projeto “Roda-Hans: Carreta da Saúde Hanseníase”, em alinhamento as ações de mobilização da Campanha Estadual de Luta Contra a Hanseníase. O Projeto tem como objetivo capacitar em diagnóstico e manejo clínico da hanseníase os profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária à Saúde. Ao todo, foram capacitados 464 profissionais, 78 casos novos diagnosticados, sendo 02 em menores de 15 anos, em 12 municípios das microrregiões de Jardim e Aquidauana.
A informação sobre os sinais e sintomas da doença e o diagnóstico precoce são as principais armas no controle da doença. Em 1967, quando Manoel Cândido começou a perder as forças na mão direita, os médicos de Corumbá não souberam identificar a condição e receitaram remédios que não surtiam efeito. Foram necessários dez anos para que, na capital, especialistas reconhecessem a infecção.
“Eu tomei o medicamento seis meses, certinho. Seis doses, e me disseram que eu estava pronto e curado. Mas depois, no meu entender, eu vi que eles não aceitaram aquele tratamento que eu fiz, porque foi apenas seis meses, e precisavam de mais? Aí conversaram comigo, me chamaram direitinho, e falaram “você vai fazer outro tratamento, que esse tratamento aí não foi suficiente. E comecei um novo tratamento. E eu tomei por um ano certinho”.