Com acesso à alta tecnologia, detentas da Capital realizam exames na carreta do HC de Barretos

A previsão é que sejam atendidas 134 reeducandas – Foto: Tatyane Santinoni

Com a finalidade de oferecer diagnóstico precoce e prevenção de doenças, a unidade móvel do Hospital do Câncer de Barretos realiza, nesta quinta-feira (14.6), exames de colo do útero e de mama em reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), na Capital. Os trabalhos se estenderão até às 17h.

A ação acontece por meio da parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Hospital do Câncer de Barretos, Instituto de Prevenção Antônio Morais dos Santos e 50ª Promotoria de Justiça.

A previsão é que sejam atendidas 134 reeducandas, sendo que os exames do colo uterino são destinados a mulheres entre 25 e 65 anos e o de mama para a faixa etária entre 40 a 69 anos. Serão realizados 80 preventivos e 54 mamografias.

Segundo a enfermeira técnica responsável pelos procedimentos, Magda Barbosa das Neves, os equipamentos utilizados são de última geração, inclusive a coleta do preventivo é feita com luz de LED, que detecta até o vírus HPV, o qual pode ocasionar câncer no colo do útero. Além disso, a carreta possui o mamógrafo avançado, que emite todos os resultados digitais.

Ao todo, participam dos procedimentos quatro profissionais da saúde, sendo duas técnicas em radiologia, uma enfermeira e uma auxiliar administrativa. Os resultados serão entregues em até 60 dias, em caso de alterações, as custodiadas passam por exames complementares e iniciam o tratamento necessário.

A interna Gisley Barros Beltrão, de 32 anos, foi uma das atendidas e comemorou esse tipo de iniciativa no presídio feminino. “É importante e necessária, pois facilita nosso acesso a esse tipo de exame”, disse.

Antes dos atendimentos, são realizadas entrevistas individuais a respeito da saúde feminina de cada interna. A segurança e o acompanhamento da ação é feita por servidores da Agepen, integrantes do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), além de policiais militares.

O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, agradeceu a continuidade desse trabalho de prevenção ao câncer realizado com as custodiadas da Capital. “Apoiamos iniciativas que visam aumentar a probabilidade das pessoas encarceradas saírem melhor das unidades penais e as ações de saúde também cumprem esse papel, já que oportunizam atendimentos e assistência médica progressiva aos detentos”, afirmou o dirigente destacando o comprometimento de toda a equipe envolvida.

Segundo a diretora do EPFIIZ, Mari Jane Boleti Carrilho, essa força-tarefa é resultado de um trabalho feito pelas entidades participantes deste projeto e retrata a preocupação com a saúde da mulher encarcerada, além de garantir a dignidade humana a essas pessoas.

Em discurso, a promotora da 50ª Promotoria de Justiça, Renata Ruth Goya, destacou o engajamento de todos os profissionais em prol do sistema penitenciário. “A ideia é viabilizar que essa ação seja feita anualmente nas unidades penais femininas da capital. Agradeço pela visão social que o Hospital de Barretos tem, porque se preocupam e entendem a causa carcerária”, ressaltou.

Também participaram da solenidade de abertura dos trabalhos a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Elaine Arima Xavier Castro; o diretor de Operações, Acir Rodrigues; o chefe de Gabinete, Pedro Carrilho de Arantes; a chefe da Divisão de Saúde, Maria de Lourdes Delgado Alves; a chefe da Divisão de Promoção Social, Marinês Savoia; além de servidores penitenciários.

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