Cerca de 10 mil trabalhadores de 990 estabelecimentos ligados ao comércio de material de construção da capital terão reajuste de 3,01% e mais um abono salarial de R$ 160,00. O índice de reajuste e o abono fazem parte da Convenção Coletiva assinada nesta sexta-feira, (27), entre Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande (SINDICONSTRU) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande.
A data-base da categoria é o mês de maio, porém a pandemia atrasou as negociações. O índice de 3,01% vai ser aplicado a partir de 1º de novembro. E para compensar os meses desde maio, foi concedido abono de R$ 160,00 que será pago no começo de dezembro junto com a folha salarial de novembro. O piso salarial da categoria passa agora para R$ 1.205,00. O acordo assinado mantém ainda outras cláusulas da Convenção Coletiva anterior que beneficiam os trabalhadores.
Segundo o presidente do SINDICONSTRU, Fabiano Lopes, o acordo traz total justiça porque o reajuste concede no mínimo a reposição da inflação no período. “Em época de pandemia, poucos setores concederam reajuste, por isso ficamos satisfeitos já que este índice repõe pelo menos a inflação do período para nossos colaboradores” afirma Fabiano.
Neste ano, apesar da pandemia, o setor do comércio varejista da construção civil registrou no Brasil aumento de 7,9% nas vendas. Os dados são do IBGE. Em Campo Grande, o percentual foi maior, 14% de aumento nas vendas. “Essa trajetória de ascensão nas vendas nos proporcionou manter os empregos durante a pandemia e até realizar contratações”, diz Fabiano Lopes.
O aquecimento da construção civil em todo o país traz boas perspectivas para o comércio varejista de materiais. O governo federal tem incentivado o setor da construção com redução de juros no financiamento imobiliário, e outras facilidades para aquisição da casa própria. A previsão é de um boom no segmento nos próximos cinco anos.