Com ouros na natação e no atletismo, Brasil se mantém no terceiro lugar do quadro de medalhas, e fica a apenas quatro da marca de 400 pódios na história do megaevento

No terceiro dia dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, dez brasileiros subiram ao pódio, conquistando três medalhas de ouro: duas na natação, com a pernambucana Carol Santiago nos 100m costas S12 (deficiência visual), e com o mineiro Gabrielzinho, nos 50m costas, na classe S2 (limitações físico-motoras); e uma no atletismo, com a pernambucana Fernanda Yara, nos 400m T47 (deficiência nos membros superiores).
Com os resultados do dia, o Brasil manteve a terceira posição no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos, agora com 23 medalhas (oito ouros, três pratas e 12 bronzes), atrás apenas da China (20 ouros e 42 pódios) e da Grã-Bretanha (11 ouros e 25 medalhas). Na história do megaevento, os brasileiros chegaram a 396 medalhas.
Atletismo
- No segundo dia de atletismo, o Brasil conquistou cinco medalhas (uma de ouro, uma de prata e três de bronze).
- A paraense Fernanda Yara ganhou a medalha de ouro nos 400m T47 (deficiência nos membros superiores), com o tempo de 56s74.
- A potiguar Maria Clara Augusto ganhou o bronze e fez a dobradinha do Brasil no pódio, com tempo de 57s20.
- A potiguar Thalita Simplício conquistou a medalha de prata nos 400m T11 (deficiência visual). Ela fez o tempo de 57s21.
- O paraibano Joeferson Marinho conquistou a medalha de bronze nos 100m T12 (deficiência visual), com o tempo de 10s84.
- O paraibano Cícero Nobre conquistou a medalha de bronze no lançamento de dardo F57 (atletas que competem sentados). Ele fez a marca de 49,46m.
Natação
- O Brasil conquistou duas medalhas de ouro e uma medalha de prata na Arena La Défense.
- A pernambucana Carol Santiago venceu os 100m costas S12 (deficiência visual) em Paris, com o tempo de 1min08s23. Foi o quarto ouro paralímpico de Carol (os três primeiros foram em Tóquio 2020), que bateu seu próprio recorde das Américas. Além disso, ela igualou o recorde feminino brasileiro de ouros de Ádria Rocha Santos.
- O mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos, ao vencer a prova dos 50m costas, na classe S2 (limitações físico-motoras) com o tempo de 50s93.
- O brasiliense Wendell Belarmino, 26, conquistou a medalha de prata nos 50m livre S11 (deficiência visual), com o tempo de 26s11.
Tênis de mesa
- O Brasil conquistou duas medalhas de bronze, uma na classe WD20, e outra na classe MD18.
- As catarinenses Bruna Alexandre e Danielle Rauen, na classe WD20, foram derrotadas pelas australianas Qin Yang e Lina Lei nas semifinais. Como não há disputa de terceiro lugar, elas garantiram o bronze.
- O mesmo aconteceu com os paulistas Claudio Massad e Luiz Manara, na classe MD18. Eles foram derrotados pelos chineses Chaodong Liu e Yiqing Zhao nas semifinais.
Remo
- A remadora Claudia Cícero dos Santos garantiu vaga na Final A do skiff simples, na categoria PR1.
- Na categoria Mix2x PR3, Diana Barcelos e Jairo Klug também garantiram um lugar na Final A
Bocha
- Os brasileiros tiveram os primeiros confrontos eliminatórios na modalidade, e apenas a pernambucana Evani Calado conseguiu avançar de fase.
- Na categoria BC3 (com assistência), ela venceu a polonesa Edyta Owczarz por 5 a 1, e garantiu vaga na semifinal. Neste domingo, 1, ela enfrenta a australiana Jamieson Leeson por uma vaga na final.
Taekwondo
- O taekwondo entrou no seu último dia de disputas nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
- A paulista Débora Menezes, da categoria acima de 65kg, foi derrotada por 24 a 15 pela marroquina Rajae Akermach, na disputa pelo bronze. Débora havia sido prata nos Jogos de Tóquio 2020.
- Já o mineiro Claro Lopes, da categoria até 80kg, perdeu nas oitavas de final para o croata Nikola Spajic, por 20 a 5, e ficou de fora da disputa por medalhas.
Mais resultados
- Na competição feminina de vôlei sentado, o Brasil venceu o Canadá por 3 sets a 1; o jogo foi válido pela fase de grupos.
- Na classe SH6 do badminton, o paranaense Vitor Tavares venceu o chinês Naili Lin por 2 sets a 0, e garantiu vaga nas quartas de final.
- No tiro com arco, a goiana Jane Karla foi derrotada pela britânica Jodie Grinham, no arco recurvo e composto W2.
- Também no tiro com arco, a paranaense Juliana Cristina foi derrotada por Victoria Kingstone, da Grã-Bretanha, no arco composto W1.
A delegação brasileira
Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.