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Bolsonaro troca Globo pela Record e é criticado em debate

Eduardo Ribeiro, da Record, entrevista o candidato à presidência Jair Bolsonaro(PSL) – Foto: Divulgação/Record

Candidato pelo PSL recebeu alta, mas não compareceu à discussão

A ausência do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenções de voto, foi muito criticada na noite desta quinta-feira (4) durante o último debate de presidenciáveis antes do primeiro turno das eleições 2018, organizado pela TV Globo.

O deputado foi convidado para o debate, mas alegou que não iria por recomendação médica. Bolsonaro levou uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, no último 6 de setembro. Por outro lado, o candidato cedeu uma entrevista exclusiva transmitida na concorrente da Globo, TV Record, exatamente no mesmo horário do debate.

Em teoria, as emissoras de TV, que são concessões públicas, devem dar espaço igualitário para todos os candidatos, assim, o que a Record fez foi visto por muitos como priorizar Bolsonaro e lhe conceder um palanque. As empresas são proibidas por lei de apoiarem a candidatura de algum presidenciável, mas, na última sexta-feira (28), o bispo Edir Macedo, proprietário da Record, declarou apoio ao candidato do PSL.

“Ele [Bolsonaro] hoje está de alta e deu uma entrevista longa, muito maior do que o que nós estamos conversando aqui”, criticou o candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes. “Se alguém foge do debate e só vai dar entrevista em situação de absoluto controle, e em uma situação amigável, significa que essa pessoa, na minha visão, não tem condições de administrar o país”, disparou o candidato pelo MDB, Henrique Meirelles. Já Marina Silva (Rede), disse que Bolsonaro “amarelou”.

Outra ausência notada pelas declarações polêmicas e comentários nas redes sociais foi a do Cabo Daciolo (Patriota), que não pôde participar do debate porque seu partido não tem cinco representantes eleitos no Congresso Nacional, número mínimo exigido pela lei eleitoral para que pudesse atender ao encontro.

O destaque da noite também foi ao candidato pelo PT, Fernando Haddad, que sofreu diversas críticas devido ao seu partido, e mais uma vez, Alvario Dias (Podemos) mostrou uma carta durante o debate que Haddad deveria “entregar ao verdadeiro candidato do PT à Presidência da República”, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. “Acho que o senhor deveria ter mais compostura nesse debate”, respondeu Haddad.

Em segundo lugar isolado nas pesquisas, Haddad foi convocado por Marina a fazer uma autocrítica da gestão petista, e assumiu um tom mais agressivo nesse debate. Por fim, a polarização PT x Bolsonaro foi muito tocada durante a discussão, que puxou um discurso de Guilherme Boulos (PSOL) alertando o país sobre o risco de uma nova ditadura no Brasil, que seria liderada por Bolsonaro.

“Faz 30 anos que esse país saiu de uma ditadura. Muita gente morreu, muita gente foi torturada, tem mãe que não conseguiu enterrar seu filho até hoje”, afirmou o candidato. “Sempre começa assim. Arma, com tudo se resolve na porrada, que a vida do ser humano não vale nada. Eu acho que nós temos que dar um grito nesse momento, botar a bola no chão e dizer ditadura nunca mais”, concluiu Boulos.

Da AnsaFlash

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