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BNDES fechou primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 2,06 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou o primeiro trimestre de 2018 com um lucro líquido de R$ 2,06 bilhões. O resultado, divulgado hoje (15), decorre da queda nas despesas com provisão e na inadimplência, além do crescimento de R$ 322 milhões do resultado com derivativos embutidos em debêntures. Também influenciaram o resultado o crescimento de R$ 209 milhões nas alienações de participações societárias e o aumento de R$ 183 milhões na receita com dividendos e juros sobre capital próprio.

Segundo a contadora do banco Evânia Borgerth, que ocupava o cargo de superintendente de Controladoria no primeiro trimestre e apresentou o demonstrativo financeiro, o resultado líquido teve aumento de 453,4% em relação ao primeiro trimestre de 2017. Para ela, o número é explicado pelo cenário que passou o Brasil no exercício de 2016.

“Em 2016 nós ainda tínhamos um nível de incerteza com relação à economia bastante elevado. Com isso, nossos indicadores de inadimplência em 2016 começaram a subir. Como historicamente a nossa inadimplência era baixa, então naquela época a gente começou a fazer provisões mais representativas e no primeiro trimestre de 2017 ainda estávamos nessa metodologia de aumentar o nosso provisionamento para risco de crédito”.

Evânia explicou que, no primeiro trimestre de 2017, o banco constituiu provisões de R$ 3,3 bilhões e, a partir de meados de 2017, o cenário econômico melhorou e houve redução de R$ 301 milhões da despesa com provisão para perdas em investimentos no trimestre fechado em março.

“A inflação começou a ficar controlada, a economia começou a mostrar sinais de recuperação, o investimento até a voltar. Com isso, a nossa necessidade de provisionamento caiu. Ao contrário, nesse primeiro trimestre a gente até conseguiu reverter parte de provisão que tinha feito no passado”, disse.

BNDESPAR

Outro fator para o balanço positivo foi a participação dos investimentos da BNDESPAR, subsidiária de participações acionárias do Sistema BNDES, que teve lucro líquido de R$ 570 milhões. “As bolsas também sofriam as mesmas incertezas que a gente, com relação ao provisionamento. Então para elas também o mercado melhorou, as posições, as cotações de mercado se elevaram. Com isso o banco conseguiu fazer alienações de forma muito mais rentável do que aquela verificada no primeiro trimestre de 2017”, explicou.

No primeiro trimestre de 2018, o lucro líquido da BNDESPAR teve queda de 46% diante do resultado de R$ 1,24 bilhão no primeiro trimestre de 2017. A queda ocorreu pela provisão para perdas na carteira de debêntures de R$ 1,31 bilhão. O resultado líquido com alienações de participações societárias foi de R$ 831 milhões e o principal desinvestimento realizado pela BNDESPAR foi a alienação de ações da Petrobras, que é responsável por mais de 90% do resultado com alienações.

Segundo o balanço, houve uma leve queda nos ativos totais, que passaram de R$ 867,5 bilhões no trimestre encerrado em dezembro de 2017, para R$ 860,1 bilhões no período encerrado em março. Evânia destacou que o mais importante é o resultado do patrimônio líquido, que aumentou de R$ 62,8 bilhões em dezembro para R$ 74 bilhões em março.

Sobre a diminuição nas receitas com Operações de Crédito e Repasses, de R$ 12,8 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para R$ 10,4 bilhões nesse, Evânia disse que a tendência de queda se mantém desde 2015. “Por tendência, a demanda por novos investimentos vêm caindo desde 2015, em função das incertezas do mercado. Então, com isso, a nossa carteira média cai, porque os clientes da carteira que já estão lá vão pagando os seus empréstimos e, o que era normal, que novos clientes entrassem ou que aqueles clientes tomassem novos empréstimos. Isso vem acontecendo num ritmo mais lento do que o pagamento, daí a nossa carteira média cai”.

Além disso, segundo ela, a queda no período das taxas médias de juros que incidem sobre a carteira de negócios do BNDES também contribuiu para essa queda da receita. Esse declínio da carteira média no período também influenciou o produto de intermediação financeira, que passou de R$ 4,51 bilhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 2,57 bilhões no mesmo trimestre de 2018.

Apesar da inadimplência de 30 dias ter apresentado ligeiro crescimento, passando de 2,12%, em dezembro de 2017 para 2,24% em 31 de março, a taxa de inadimplência de 90 dias apresentou queda, passando de 2,08% em dezembro de 2017 para 1,62% em março de 2018.

Se não forem levadas em conta as operações que têm garantia da União, o índice de inadimplência do BNDES seria de 0,98% para 30 dias e de 0,36% para 90 dias. Já o índice de renegociação cresceu de 3,62% dezembro para 5,18% em março, principalmente por causa das dívidas dos estados.

Da Agência Brasil

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