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Bengala eletrônica feita por alunos da Escola do Sesi de Corumbá será apresentada em feira nacional

Bengala eletrônica foi desenvolvida para guiar deficientes visuais por meio de sensores e georreferenciadores – Divulgação

Inventores do “Olho de Agamotto”, uma bengala eletrônica desenvolvida para guiar deficientes visuais por meio de sensores e georreferenciadores, os alunos da Escola do Sesi de Corumbá preparam-se para apresentar o projeto na 16ª edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), promovida desde 2003 pela USP (Universidade de São Paulo). Neste ano, o evento será realizado no campus da universidade, em São Paulo (SP), de 12 a 16 de março, quando serão anunciados os vencedores.

Desde novembro do ano passado, às vésperas do encerramento do ano letivo, a equipe da escola que participará da feira cumpre um cronograma de estudos e reuniões para aprimorar o sistema, que foi construído com base em conceitos de robótica, uma das disciplinas da grade regular das escolas do Sesi. “Além de pesquisas, consultorias com colaboradores e estudos teóricos, os alunos têm se encontrado com deficientes visuais, de forma a ajustar o protótipo às necessidades do público alvo da melhor forma possível”, explicou o coordenador da Escola do Sesi de Corumbá, Marcel Giordano Jeffery.

De cara, os alunos entenderam por bem substituir a tecnologia Lego “EV3”, usada inicialmente no desenvolvimento do “Olho de Agamotto”, pelo dispositivo Arduino, um microcontrolador que proporciona ao sensor movimentos mais precisos e controláveis. “Estamos trabalhando para enriquecer o projeto tanto na programação quanto na estética. Esse é um projeto que está em constante desenvolvimento porque se trata de uma tecnologia assistiva, que é qualquer forma de auxiliar pessoas com deficiência, e, por isso, precisa sempre ser aperfeiçoado. E estamos nos reunindo pelo menos duas vezes por semana para estudar e procurar formas de evoluir mais ainda o projeto”, afirmou a estudante Kiany Climaco Guerrero, que está na 2ª série do Ensino Médio.

Com os testes a todo vapor, os alunos esperam tornar o “Olho de Agamotto” comercializável o mais breve possível, concluindo a premissa de colocar em prática o papel social e responsabilidade com o meio que os cerca ensinados nas aulas de robótica. “Ao optarmos por seguir usando o Arduino, adotamos uma tecnologia mais eficiente e com custos reduzidos, que fez o projeto evoluir muito no sentido de torna-lo mais acessível para um deficiente visual. Esperamos terminá-lo o mais breve possível para que ele possa ser utilizado pelas pessoas que precisam, porque além de ajudar muito, dará oportunidade para que elas vivam melhor em sociedade e de forma independente”, projetou o estudante Paulo Henrique Almeida da Silva, aluno da 1ª série do Ensino Médio.

Orientadora e professora articuladora do projeto “Olho de Agamotto”, Marcelly Rodrigues Tavares afirma que os alunos receberam toda autonomia para desenvolver a bengala eletrônica, e que a evolução deles é notável. “Nossa missão como articuladores é justamente fazer com que os nossos alunos sejam independentes, ou seja, consigam gerenciar o conhecimento, e não sejam meros transferidores de informações. É gratificante ver que eles estão cada vez mais empenhados e buscando resolver os problemas da sociedade. Do início do projeto até hoje, podemos notar que a evolução no aprendizado e conhecimento desses alunos foi imensa”, analisou.

A feira

Os projetos inscritos na 16ª edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) são avaliados por especialistas e devem conter um artigo, exposição de pôster, vídeo ou slide explicativo. São premiados os projetos vencedores em diferentes categorias e subcategorias, bem como o “Professor Destaque” da edição.

A delegação da Escola do Sesi de Corumbá será composta pelos seguintes integrantes do projeto “Olho de Agamotto”: Kiany Climaco Guerrero e Paulo Henrique Almeida da Silva. Eles contam ainda com a colaboração de ex-alunos da instituição que também participaram do desenvolvimento da bengala: Adilson Correa da Silva Junior e Fabio Gustavo Mercado Urquieta.

Os professores articuladores e responsáveis pelo projeto, Marcelly Rodrigues Tavares e Carlos Roberto Leão Campos, também estarão presentes na comitiva. Os alunos ainda têm ajuda do professor Programador da Prefeitura de Corumbá, Iraí Aparecido Maiolino.

O “Olho de Agamotto” foi eleito o melhor projeto multidisciplinar da edição 2017 da Fecipan (Feira de Ciência e Tecnologia do Pantanal) e também ganhou o 1º lugar na área de Engenharia da 4ª FetecMS (Feira de Tecnologia, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul), realizada pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e Grupo Arandú de Tecnologias e Ensino de Ciências.

O nome do dispositivo foi baseado no amuleto que o personagem das HQs (Histórias em Quadrinhos) do Grupo Marvel, “Dr. Estranho”, carrega no pescoço e é inspirado no mundo real em “O Olho que Tudo Vê”, de Buda, nome dado a Siddhartha Gautama, líder religioso que viveu na Índia e fundou o “budismo”.

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