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Após bater recorde histórico em setembro, setor de serviços recua 0,6% em outubro

Aumento das passagens puxa a queda de 10,1% do setor de transporte aéreo – Divulgação

O volume de serviços caiu 0,6% na passagem de setembro para outubro, interrompendo uma sequência de cinco resultados positivos seguidos, quando acumulou ganho de 4,5%. Dessa maneira, o setor se encontra 10,5% acima do nível pré-pandemia e 0,6% abaixo do patamar mais elevado da série histórica iniciada em 2011, alcançado em setembro de 2022. Na comparação com outubro de 2021, o volume de serviços apresentou a vigésima taxa positiva consecutiva ao avançar 9,5%. O acumulado de janeiro a outubro chegou a 8,7% e em 12 meses, 9,0%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (13), pelo IBGE.

“Algo que contribuiu para o resultado de outubro foi a base de comparação elevada após o setor de serviços ter alcançado no mês passado o valor mais alto da série histórica. O nível mais elevado se deve principalmente à prestação de serviços voltados às empresas, em que observamos como grandes expoentes as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação”, avalia Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

O resultado negativo foi disseminado, já que três das cinco atividades investigadas também recuaram, com destaque para transportes (-1,8%), que exerceu a maior influência no resultado de outubro.

“Observamos uma disseminação de taxas negativas no setor de transportes, seja em uma análise por modais, com queda de terrestres, aquaviários e aéreos, e a parte de armazenamento, serviços auxiliares ao transporte e correio, assim como em uma análise entre os tipos de uso, com quedas tanto no transporte de passageiros quanto no transporte de cargas. A queda do transporte aéreo de 10,1% ocorreu em função do aumento nas passagens aéreas observado no mês de outubro, de 27,38%”, analisa Lobo.

A categoria de serviços prestados às famílias também apresentou queda, com resultado de -1,5% na comparação com setembro. “Esse é um setor que vinha mostrando uma sequência maior de taxas positivas no pós-pandemia, mas como a queda foi muito brusca no período entre março e abril de 2020, a maior frequência de taxas positivas ainda não foi suficiente para superar o nível pré-pandemia, de maneira que o setor ainda se encontra 6,0% abaixo de fevereiro de 2020”, destaca o gerente.

Já o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram queda de 0,8% na comparação com setembro. “Essas perdas vieram da parte de serviços técnico-profissionais, que apresentaram queda de 3,7%, com destaque para a parte de atividades jurídicas, gestão em consultoria empresarial e os serviços de engenharia. Esses três segmentos ajudam a explicar a queda do setor no mês de outubro”, comenta o analista.

Em sentido oposto, informação e comunicação (0,7%) e outros serviços (2,6%) exerceram as contribuições positivas do mês, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro.

“Os resultados positivos foram influenciados principalmente pelo segmento de tecnologia da informação, que permanece com seu dinamismo, que começou em maio de 2020 e se perpetua até o presente momento com predomínio grande de taxas positivas nesse período, o que não foi diferente em outubro”, esclarece Lobo.

Frente a outubro de 2021, volume de serviços aumentou 9,5%

Em outubro de 2022, o volume de serviços aumentou 9,5% frente a outubro de 2021, vigésima taxa positiva seguida. Houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 67,5% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (12,0%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram de informação e comunicação (8,3%); dos profissionais, administrativos e complementares (8,3%); dos prestados às famílias (10,7%) e de outros serviços (6,5%).

Índice de atividades turísticas tem queda de 2,8% em outubro

Já o índice de atividades turísticas caiu 2,8% frente a setembro, eliminando, assim, boa parte do ganho verificado no período julho-setembro (3,0%). Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Oito das 12 localidades pesquisadas acompanharam a queda verificada na atividade turística nacional (-2,8%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-3,6%), seguido por Rio de Janeiro (-3,4%), Distrito Federal (-7,8%), Rio Grande do Sul (-3,6%) e Paraná (-3,2%). Já Minas Gerais (1,4%) assinalou o principal avanço regional.

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