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Acadêmico da Faculdade do Senai de Dourados faz experimento que capta frequência de satélites

O acadêmico Adauto Miyai com seu equipamento – Assessoria

Apenas um mês após iniciar o projeto de iniciação científica para o desenvolvimento de um projeto de estação terrestre de monitoramento de nano satélites, o acadêmico Adauto Miyai, do curso superior de Tecnologia em Automação Industrial, oferecido pela Faculdade do Senai de Dourados, montou um experimento capaz de monitorar o exato momento da passagem do satélite meteorológico norte-americano NOAA-18 (National Oceanic Atmospheric Administration) sobre a região, captando índices pluviométricos e distribuição de temperatura.

Adauto Miyai explica que as informações obtidas são o primeiro passo para se captar e interpretar os sinais de nano satélites que observam o globo terrestre e, dessa forma, aprimorar o equipamento com softwares cada vez mais avançados para montar uma estação de monitoramento de mais satélites. “A superfície da Terra está repleta de pequenos satélites e muitos apresentam alta resolução de imagens. Com isso, é possível conseguir visualizar a movimentação de toda a superfície terrestre, utilizando essa tecnologia para monitoramento de frotas, de estacionamentos, de áreas de plantio ou ainda monitoramento do clima e tempo em regiões específicas, além de realizar georreferenciamentos”, detalhou.

Segundo o acadêmico da Faculdade do Senai de Dourados, conseguir montar a antena em tão pouco tempo foi uma conquista significativa. “Estou muito satisfeito com meu desempenho e com todo o apoio que tenho recebido do Senai. Nesse primeiro momento utilizei uma antena com frequência menor, mas a ideia é utilizar frequências maiores para captar outros satélites. Esse início do projeto provou que é possível montar uma estrutura de monitoramento com poucos recursos”, completou.

Profissionais mais capacitados

O gerente do Senai de Dourados, Gilberto Evidio Schaedler, destacou que a instituição vem se desafiando a cada dia para formar profissionais capacitados para o mercado de trabalho. “Para isso, investimos em conhecimento para trazer a inovação em nossos itinerários formativos. Como esse projeto em especial, estamos conseguindo promover desafios aos nossos discentes na área tecnológica, permitindo acesso a pesquisas inovadoras para a nossa realidade e formando profissionais diferenciados e competitivos em suas ações no mercado, capazes de desenvolver novas soluções as demandas da indústria”, afirmou.

Já o coordenador do curso superior de Tecnólogo em Automação Industrial, Guilherme Marra, a iniciação científica é crucial no desenvolvimento dos estudantes. “Ela dá visão prática de ferramentas de uso cotidiano na indústria e ainda prepara e dá confiança ao estudante, ao lançar responsabilidades maiores. Esse projeto específico de estação terrestre de monitoramento de satélites é um novo nicho de mercado, com várias aplicabilidades”, detalhou.

O que é o satélite NoAA

A série de satélites NOAA é controlada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (National Oceanic and Atmospheric Administration – NOAA) e desenvolvida em cooperação com a Agência Espacial Americana (NASA), integrando, em conjunto com o satélite europeu MetOp, o sistema POES (Polar Operational Environmental Satellite – Satélite Ambiental de Órbita Polar). A história do NOAA iniciou-se em 1960 com os satélites da série TIROS que foram implementados pelo US Defense e pela NASA para atuarem na área de meteorologia.

A série realizou o lançamento de mais de uma dezena de satélites e diversos instrumentos operacionais (sondas e imageadores). O sistema opera com, no mínimo, dois satélites posicionados em órbita quase-polar heliossíncrona a aproximadamente 835 quilômetros de altitude. Atualmente a série possui cinco satélites operacionais: NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17, NOAA-18 e NOAA-19.

O sistema atual obtém imagens multiespectrais da superfície terrestre (captadas pelo sensor AVHRR-3) e também adquire dados numéricos coletados por meio de sondas (obtidas pelo sensor ATOVS). Os dados gerados pelos satélites NOAA são utilizados, sobretudo, em modelos climáticos e de previsão do tempo atmosférico. No entanto, servem de material para vários projetos que envolvem o sistema Terra-Oceano-Atmosfera e podem apoiar diversos tipos de monitoramentos, como por exemplo, detecção de focos de queimadas.

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