Saúde: Consumo de whey protein pode ajudar na preservação da massa muscular

Suplemento, no entanto, não é milagroso e exige orientação médica ou nutricional

O whey protein é um dos suplementos mais conhecidos da atualidade. Utilizado por praticantes de academia, ele por muito tempo ficou associado ao estrito ganho de massa muscular e maior desempenho para esse tipo de atividade física. Mas o produto, que é derivado da proteína do soro do leite, também pode ter outros benefícios, incluindo a manutenção do tecido muscular em adultos e pessoas idosas.

Hoje, existem, basicamente, três tipos de whey protein: o concentrado, o isolado e o hidrolisado. O primeiro é o mais comum e tem de 30 a 90% de proteína, além de gorduras e carboidratos. O isolado, como o nome já diz, tem uma porcentagem mínima de gordura e cerca de 90% de proteína — por isso, é mais caro do que a versão concentrada. Por último, o hidrolisado, mais fácil de ser digerido e com menos potencial alérgeno do que os anteriores.

Como é constituído por uma grande quantidade de proteína de alto valor biológico, o suplemento contribui para a manutenção e o aumento do tecido muscular. Esse processo é especialmente importante para indivíduos a partir dos 30 anos que passam a ter um processo mais acelerado de perda óssea e muscular. O produto, portanto, pode ser aliado a uma boa alimentação e uma rotina de exercícios físicos.

O jornal científico Geriatrics & Gerontology International publicou um estudo que mostrou a eficácia do whey protein em aumentar a massa muscular de mulheres idosas que receberam o suplemento após exercícios de musculação. Se, para alguns praticantes de atividades físicas, o ganho de massa é apenas um objetivo estético, para os idosos pode ser questão de autonomia. Com músculos mais fortes, há menos possibilidade de se ter problemas ósseos, por exemplo. Outros estudos também indicam que uma maior ingestão de aminoácidos reduz a perda de massa magra progressiva a partir dos 30 anos.

Esses aminoácidos podem ser consumidos de forma externa ou produzidos pelo organismo. Eles são pequenas unidades de proteína, divididos em 20 tipos — 11 são sintetizados pelo corpo humano e nove são obtidos por meio de alimentação ou suplementação, e, por isso, são chamados de essenciais. O whey protein é um desses suplementos alimentares que possui estruturas ligadas ao fornecimento de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA).

É importante dizer que o whey protein não é danoso ao organismo e não se assemelha em nenhum aspecto com remédios ou produtos à base de hormônios. O produto é autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e tem regras estabelecidas para a produção e comercialização. Os suplementos, contudo, também precisam de orientação médica ou nutricional para ser consumidos.

Eles funcionam como um complemento a uma alimentação saudável e equilibrada, juntamente com a prática de exercícios. Portanto, antes de passar a consumir o produto para evitar uma perda de tecido muscular progressiva, procure um médico para saber se realmente é necessário ou se essa é a melhor estratégia para seu caso.

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