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Zuckerberg se desculpa com parlamentares da UE por escândalo

CEO do Facebook prestou esclarecimentos sobre vazamento de dados

O CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu desculpas aos parlamentares da União Europeia durante seu depoimento nesta terça-feira (22) pelo vazamento de dados de milhões de usuários da rede social no escândalo envolvendo a empresa britânica Cambridge Analytica.

Em seu discurso inicial, Zuckerberg afirmou que nos últimos dois anos ficou claro que ele não fez o “suficiente para impedir que as ferramentas construídas fossem usadas para o mal também”.

“Seja uma notícia falsa, uma interferência estrangeira em eleições ou desenvolvedores usando indevidamente as informações das pessoas, não tivemos uma visão ampla o suficiente de nossas responsabilidades. Isso foi um erro, e eu sinto muito”, acrescentou o executivo.

Zuckerberg foi criticado por não tomar cuidado suficiente sobre como terceiros acessaram as informações de perfis do Facebook.

Sua sabatina no Parlamento da UE acontece depois que a Cambridge Analytica usou indevidamente 81 milhões de dados de usuários da rede social, incluindo 2,7 milhões de europeus, para fins políticos. A empresa trabalhou para a campanha presidencial de Donald Trump.

“A democracia não deve e não pode ser transformada em uma operação de marketing em que quem toma posse de nossos dados adquire uma vantagem política. Há um risco de que alguns partidos ou, mesmo as potências estrangeiras, usem indevidamente esses dados para alterar os resultados das eleições em seu interesse”, disse o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.

O Facebook também enfrenta críticas por falhar em lidar com as chamadas Fake News. Além disso, vários deputados perguntaram a Zuckerberg se ele achava que a empresa era um monopólio e se a companhia poderia ser confiável para implementar as mudanças necessárias.

O norte-americano se comprometeu a redobrar os esforços para evitar que tais situações se repitam. “Pedimos desculpas pelos erros cometidos, levará tempo, mas estou comprometido em impedir que isso aconteça novamente”.

“Nos próximos anos, há muitas mudanças importantes, vamos fazê-las para evitar qualquer interferência. Devemos criar mais instrumentos de inteligência artificial para identificar contas falsas, cooperar com as comissões e aumentar a transparência”, acrescentou Zuckerberg.

Segundo ele, “em 2016, fomos lentos demais para identificar a interferência russa nas eleições dos EUA, mas agora estamos mais preparados para enfrentar ataques com notícias falsas”.

Zuckerberg ainda ratificou as medidas adotadas por sua empresa para neutralizar as deficiências, como a duplicação do número de funcionários atribuídos à segurança “para atingir o número de 20 mil antes do final do ano”. “São investimentos que tiveram um impacto significativo em nossos lucros, mas a segurança dos seres humanos sempre é primeiro do que os nossos benefícios”, ressaltou.

Tajani, por sua vez, disse que vai acompanhar de perto se as promessas serão cumpridas. “O Parlamento é o lugar onde Zuckerberg chegou a pedir desculpas a todos os cidadãos europeus. Conseguimos desculpas. Não é suficiente, obviamente, mas ele nos deu algumas garantias”, disse.

“Os gigantes digitais devem respeitar as regras sobre a coleta e uso de nossos dados. Em dois dias entrará em vigor o novo regulamento europeu sobre a proteção de dados pessoais. Estas regras serão aplicadas e prevê sanções pesadas contra o abuso de nossas informações”, enfatizou Tajani. No entanto, o depoimento do executivo norte-americano não agradou a todos os eurodeputados, que boa parte sentiu que Zuckerberg teria evitado responder algumas perguntas.

“Infelizmente, o formato de questionamento permitiu que o sr. Zuckerberg escolhesse suas respostas e não respondesse cada ponto”, disse Damian Collins, presidente do Comitê de Esportes e Mídia da Cultura Digital do Parlamento do Reino Unido.

O formato desta reunião foi bem diferente do modelo do depoimento de Zuckerberg aos legisladores norte-americanos em abril. Enquanto os políticos dos Estados Unidos se revezaram para interrogar o fundador do Facebook, os líderes dos vários grupos políticos do Parlamento Europeu, fizeram várias perguntas cada um.

Zuckerberg demorou cerca de 22 minutos para examinar quais questionamentos responderia. A reunião foi transmitida ao vivo pela internet.

Da AnsaFlash

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