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URT em sistemas silvipastoris é inaugurado em Ribas do Rio Pardo; Semagro presente

Unidade de Referência Tecnológica em sistemas silvipastoris, no município de Ribas do Rio Pardo – Assessoria Semagro

O aproveitamento dos recursos naturais de forma sustentável, do ponto de vista econômico, ambiental e social é destacado no sistema, por Renato Roscoe

A Embrapa Gado de Corte, em parceria com o Grupo Mutum, realizou na sexta-feira (26), o Dia de Campo Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, na Fazenda Boa Aguada, em Ribas do Rio Pardo – cerca de 150 km de Campo Grande. Na oportunidade foram apresentados dados técnicos sobre implantação e condução de sistemas silvipastoris em Mato Grosso do Sul e inaugurada a Unidade de Referência Tecnológica (URT) em sistemas silvipastoris, que teve a implantação iniciada em dezembro de 2015.

O Superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Renato Roscoe, participou juntamente com Marivaldo Miranda (Coordenador de Pecuária) e Altamiro Nogueira Barbosa (Coordenador de Agricultura) do dia de campo, e conheceu de perto o trabalho que está sendo realizado numa área de 48 hectares onde foram realizadas demonstrações dos sistemas mais adequados para a região e que também servirão de base para pesquisa com dados relativos aos sistemas.

No local a pesquisa trabalha com cinco arranjos espaciais com diferentes espécies e clones de eucalipto que são Corymbia citriodora, toreliodora, urocam VM01 e urograndis I144. Existe ainda um tratamento com pastagem solteira. Cada tratamento possui duas repetições, totalizando 12 piquetes. O pesquisador da área de sistemas integrados de produção é André Dominghetti Ferreira.

Na abertura do dia de campo, que contou ainda com a presença do Assessor Especial do Governo, Nelson Cintra e do coordenador Regional Silas José, Renato Roscoe destacou a parceria dos setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas como esta, que classificou como sendo de extrema importância para o Estado e para o País.

O interesse do Estado em estar inserido e contribuir com as ações que envolvem sistemas de integração, segundo Renato, se justifica na possibilidade de um melhor aproveitamento dos recursos naturais de forma sustentável, do ponto de vista econômico, ambiental e social. “Econômico por que diversifica a base de produção e reduz os riscos, social por que uma economia fortalecida traz benefícios diretos a população e ambiental por conta de vantagens diretas como podemos citar a melhoria da qualidade do solo até o sequestro de carbono”, explicou.

Em quatro estações aconteceram a apresentação da ‘URT ILPF Fazenda Boa Aguada’ pela pesquisadora Fabiana Villa Alves; do ‘componente florestal’ pelos pesquisadores Valdemir Laura e André Dominghetti; ‘componente forrageiro e solo’ pelos pesquisadores Roberto Giolo  e Ademir Zimmer; do ‘componente animal’ pelo pesquisador Rodrigo Gomes e do ‘componente financeiro’ realizado pela pesquisadora Mariana Pereira.

Sob a coordenação da pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Fabiana Villa Alves, o dia de campo contou com a participação de mais de duzentas pessoas entre membros da comunidade científica, alunos de graduação e pós-graduação, técnicos e extensionistas, proprietários rurais, empresários e microempresários da cadeia produtiva da carne e do setor florestal e foi realizado com patrocínio e apoio de Tortuga – DSM, Rede de Fomento ILPF (Cooperativa Agroindustrial Cocamar, Dow AgroSciences, John Deere, Parker e Syngenta) e Sindicatos Rurais de Ribas do Rio Pardo e Águas Claras, e foi encerrado com um almoço.

Parceria

O Grupo Mutum é parceiro da Embrapa Gado de Corte há alguns anos e na Fazenda Boa Aguada já é conduzida uma URT Carne Carbono Neutro (CCN), cujo tema foi apresentado durante um dia de campo em 2016, na própria fazenda, no qual os participantes conheceram o conceito CCN que tem como finalidade atestar a carne bovina produzida com alto grau de bem-estar animal, na presença do componente arbóreo, em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta, IPF) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta, ILPF) e que, nessas condições, as árvores neutralizam o metano entérico exalado pelos animais, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa que provoca o aquecimento global.

De acordo com um dos proprietários do Grupo Mutum, Moacir Reis, o sistema silvipastoril foi implantado na fazenda em 2006, sendo pioneiro em Mato Grosso do Sul e a propriedade serviu de exemplo para outros produtores rurais, tendo hoje mais de dois mil hectares de floresta plantada.

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