
A Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), em Dourados, sedia nesta sexta-feira o evento em que a Itaipu Binacional e a Itaipu Parquetec, alinhada ao Governo Federal, formaliza a criação do Núcleo de Cooperação Socioambiental do Sul do Mato Grosso do Sul. Em MS, o único núcleo ficará em Dourados.
Para compor o núcleo, foram convidados cerca de 100 instituições do Sul do Mato Grosso do Sul entre eles representantes de municípios, universidades, movimentos sociais, organizações cooperativas e empresas, entre outras instituições.
O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, participou da abertura do evento, juntamente com sua equipe: Gilmar Secco, gerente do Departamento de Proteção Ambiental da Itaipu Binacional; Luis Ferraro consultor da Itaipu Binacional, responsável pela implantação dos Núcleos; Carmen Romagna de Lima, coordenadora geral do Convênio dos Núcleos de Cooperação Socioambiental; e Rosselane Giordani, coordenadora do Núcleo de Cooperação do Sul do MS.
Carlos Carboni explicou que a Itaipu Binacional já tem inúmeras ações com os municípios, com entidades e organizações no Mato Grosso do Sul e nesse último período, a instituição buscou trazer os atores, ou seja, as entidades, organizações, as universidades, para sentarmos juntos e buscar soluções para os territórios. “Esses núcleos representam uma junção de esforços com a Universidade e com os demais atores, poder público, associações comerciais, sindicatos, movimentos sociais, ou seja, quem vive aqui, o que a gente pode fazer em conjunto para encontrar as melhores soluções. Nós consideramos fundamental nesse momento, essa reunião de hoje aqui em Dourados, fizemos já em todo o Paraná, mas especialmente aqui no Mato Grosso do Sul, trazer esses atores que atuam no território para buscar construir saídas para os problemas que existem na região. E, claro, para a Itaipu Binacional nos interessa muito também, porque se nós queremos uma água de qualidade indo para o lago, nós precisamos ter ações com os municípios, com as universidades, com a situação comercial, com os sindicatos, para que todos possam estar juntos”, destacou diretor de Coordenação da Itaipu.
Ele também enfatiza que as Universidades são muito fortes, formam pessoas, líderes, dirigentes que podem, ativamente, atuar nos territórios. “E a importância e o exemplo do que vocês tem feito aqui com a UEMS e com as demais instituições, de atuar nos territórios, para nós é fundamental. À medida que nós vamos ampliando a nossa área de atuação nós percebemos também os parceiros. Nós lançamos a poucos dias um projeto com as universidades, têm inúmeros aqui que foram contemplados. Com esse intuito, de a gente estreitar a relação a empresa e também olhar para o território, atuação se faz no território e o exemplo com a UEMS é extraordinário, um parceiro que a gente sempre quer ter muito próximo, porque nós acreditamos que pode ajudar e muito para a gente cuidar da região, e cuidando da região nós vamos ter água melhor lá para a Itaipu, para gerar energia, vai ser o resultado para a gente continuar com essa marca extraordinária que é hoje a Itaipu”, disse o diretor.
Erika Kaneta Ferri, pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, representando o reitor Laércio Alves da Carvalho, ressaltou que a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, ao longo dos últimos dois anos, já tem uma parceria consolidada com a Itaipu Binacional. Por exemplo, no fortalecimento dos projetos de pesquisa na Unidade de Mundo Novo.
“Em Mundo Novo nós já temos um laboratório de solos que já foi financiado pela Itaipu Binacional. Além disso, este ano nós fomos contemplados com 10 projetos de extensão que são os nossos projetos estratégicos para desenvolvimento de ações de extensão nas diversas comunidades, nas 7, 8 unidades que compõem esse território da Itaipu Binacional. Para nós, já é um marco histórico, porque este evento representa a consolidação da universidade em parceria com esses entes. Estamos muito felizes, por receber aqui os entes públicos, privados, associações, a comunidade, para fazer uma discussão em torno dessa questão da sustentabilidade ambiental. A universidade tem um papel extremamente importante. Nós temos potencial para ajudar nesse processo, por exemplo, os nossos programas de mestrado e doutorado, que já trabalham com essa temática. As universidades devem e podem ser protagonistas em ações como essa para ajudar no desenvolvimento do Estado”, disse Erika Ferri.
Sobre os Núcleos de Cooperação Socioambiental
A iniciativa, parte do programa Itaipu Mais que Energia, é baseada na metodologia de governança participativa e reunirá diversas instituições em busca de soluções coletivas no território para desafios atuais, como as mudanças climáticas. A expectativa é que cada núcleo se reúna bimestralmente, online ou presencialmente.
Os Núcleos de Cooperação Socioambiental serão um espaço propício para o acesso a informações qualificadas que auxiliarão na tomada de decisões, troca de conhecimentos, diagnóstico de problemáticas comuns, construção de projetos colaborativos e fortalecimento de redes locais.
O diagnóstico territorial, a primeira atividade prática, será guiado por um especialista em governança participativa e meio ambiente, com o auxílio de coordenadores que conhecem bem os territórios. Esse também será um momento para que os participantes compreendam melhor o conceito de governança participativa, um processo colaborativo para a construção conjunta, transparente e democrática, de soluções mais eficazes para desafios coletivos.
Os núcleos receberão formações que começarão com temáticas voltadas à sustentabilidade, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além das capacitações oferecidas pela Itaipu e Itaipu Parquetec, o leque de opções será ampliado com a oferta de cursos pelas próprias entidades participantes. Durante um encontro preliminar sobre o tema, realizado em agosto na Itaipu, representantes de diversas universidades conveniadas com a binacional já se colocaram à disposição para ampliar a oferta de cursos e pesquisas.
Com a Itaipu e o Itaipu Parquetec liderando essa formação, os núcleos aproximarão ainda mais o Governo Federal dos territórios. Uma das prerrogativas é divulgar as oportunidades capazes de ajudar nos desafios diagnosticados, como editais públicos lançados pelos ministérios.
Inicialmente, a participação nos núcleos será por meio de representantes de instituições convidadas, mas a ideia é expandir o movimento para que a iniciativa se perpetue ao longo dos anos.