Turismo acessível: conheça destinos brasileiros preparados para pessoas com deficiência

Foz do Iguaçu

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, existem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil (24% da população). Esse público é heterogêneo e inclui pessoas com deficiência visual, física, auditiva, cognitiva e com mobilidade reduzida. Um destino turístico com lugares acessíveis, além de garantir o direito de cultura e lazer a pessoas com deficiência, também ajuda outros públicos, como idosos, gestantes e crianças.

Em 2014, o Ministério do Turismo lançou a ferramenta Guia Turismo Acessível, para que pessoas com e sem deficiência possam cadastrar estabelecimentos e avaliar o nível de acessibilidade. Em 2016, a pasta divulgou o documento “Dicas para atender bem os turistas com deficiência”, direcionada aos prestadores de serviço. Hoje, o país já possui diversos destinos com uma boa quantidade de serviços de acessibilidade e estabelecimentos acessíveis. Confira alguns deles:

Socorro (SP)

Esse talvez seja o destino brasileiro mais preparado para pessoas com deficiência e é premiado internacionalmente pelas medidas implementadas. Fica há cerca de 136 km de São Paulo, na Serra da Mantiqueira, e possui variados recursos de acessibilidade, tais como sinalização tátil e rampas de acesso. A cidade é repleta de atividades de aventura como rafting, cavalgada e rapel, todas preparadas para atender com segurança e acessibilidade vários tipos de deficiência.

Salvador (BA)

Já pensou em visitar uma cidade que remonta às eras coloniais e vivenciar a cultura e os costumes baianos com autonomia? Na cidade soteropolitana, isso é possível. O centro histórico de Salvador tem uma rota de acessibilidade para pessoas com deficiência, guias rebaixadas, rampas e elevadores que permitem a locomoção de um público anteriormente excluído desse passeio.

Foz do Iguaçu (PR)

Assim como Socorro, Foz do Iguaçu também é um destino referência em turismo acessível no Brasil. Fica localizado na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai e abriga algumas das mais belas quedas d’água do mundo. A cidade foi pioneira em tornar os pontos turísticos acessíveis e, hoje, conta com guias especializados e diversos passeios com acessibilidade, incluindo o mais famoso deles: as cataratas do Iguaçu.

Fernando de Noronha (PE)

O paraíso ecológico cobiçado por grande parte dos turistas antes não podia ser apreciado por pessoas que utilizam cadeiras de rodas. Em 2013, no entanto, isso mudou, quando trilhas e praias ganharam recursos de acessibilidade e facilitaram o acesso de pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida. Em julho deste ano, outra boa notícia: o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha inaugurou a obra que deu plena acessibilidade à trilha suspensa que dá acesso ao Mirante Dois Irmãos.

São Paulo (SP)

Todas as cidades listadas precisam de muitas melhorias no que diz respeito à acessibilidade, e com a cidade paulistana não é diferente. São Paulo possui diversos problemas arquitetônicos que dificultam a vida das pessoas com deficiência. Por outro lado, é repleta de passeios culturais acessíveis. Peças de teatro com audiodescrição, museus com visitas guiadas, pisos e maquetes táteis e acesso para pessoas com deficiência física são só alguns dos exemplos. No site do Guia de Acessibilidade Cultural, mantido pelo Instituto Mara Gabrilli, há mais de 200 estabelecimentos cadastrados. É possível encontrar passagens para 2018, com saída do Aeroporto Regional de Dourados, por R$674.

Bonito (MS)

Com diversas belezas naturais, como rios, grutas, ilhas e cavernas, Bonito já foi considerado o melhor destino de ecoturismo no Brasil. As pessoas com deficiência, felizmente, podem desfrutar desse paraíso natural, já que a cidade conta com guias especializados e passeios acessíveis.

Fortaleza (CE)

Em março de 2016, Fortaleza passou a contar com esteiras e cadeiras anfíbias para idosos, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, além de academia ao ar livre, rampas e um espaço de lazer com estrutura para vôlei e frescobol adaptados na praia de Iracema. As medidas foram fruto do projeto Praia Acessível, desenvolvido pelo Governo do Ceará e pela prefeitura de Fortaleza.

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