Ao discursar hoje (4) na abertura da 9ª cúpula dos chefes de Estado e de Governo do Brics, bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Ãndia, China e Ãfrica do Sul, na cidade chinesa de Xiamen, o presidente Michel Temer voltou a defender a proposta brasileira de criação do Fórum de Inteligência do Brics para combate ao terrorismo.
âNão podemos nos acomodar diante da persistente ameaça do terrorismo, à qual nenhum de nossos paÃses está imune. Esse é tema que exige de todos a ação crescentemente coordenada. Permito-me, aqui, retomar proposta brasileira de criação do Fórum de Inteligência do Brics. Seria contribuição adicional para nossos esforços concentrados de prevenção de atos terroristasâ, disse.
Temer também destacou a necessidade de criação de um mecanismo de troca de informações entre as agências de inteligência dos cinco membros do grupo. âEm um mundo cada vez mais interconectado, é fundamental unir esforços para enfrentar desafios que transcendem fronteirasâ, acrescentou.
O presidente brasileiro manifestou preocupação com os recentes testes nucleares norte-coreanos. Ontem (3), a Coreia do Norte anunciou que fez um teste bem-sucedido com uma bomba de hidrogênio.
âOs episódios dos últimos dias dão concretude a temores que parecem ter ficado nos livros de história. Hoje, [é importante] encontrar saÃda diplomática para a situação tão grave. Em perspectiva mais abrangente e de mais longo prazo, o desarmamento nuclear é a garantia mais eficaz contra a proliferação. O Brasil esteve na origem do Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares, adotado em julho. Assinaremos o instrumento ainda este mês, em Nova York. Trata-se de mais uma conquista real do multilateralismoâ, afirmou.
Em seu discurso, Temer ainda citou a preocupação com a situação venezuelana. âAcompanhamos de perto o quadro polÃtico, econômico e social da Venezuela. A escassez de comida, remédios e outros itens básicos provoca drásticas consequências. A situação é de instabilidade e de crise humanitária. à crescente o fluxo de migrantes e refugiados que chegam ao Brasil e a outros paÃses vizinhos. Confiamos em uma solução pacÃfica para a crise, com pleno respeito à soberania venezuelanaâ, completou.
Da Agência Brasil