Cinco dias após o terremoto de magnitude 7.7 que atingiu Myanmar em 28 de março, um homem de 26 anos foi resgatado com vida dos escombros de um hotel na capital Naypyidaw. O jovem, embora atordoado e coberto de poeira, estava consciente no momento do resgate, realizado por equipes de emergência de Myanmar e da Turquia.
O número oficial de mortos subiu para 2.886, conforme divulgado pela junta militar que governa o país desde o golpe de 2021. Além disso, 4.639 pessoas ficaram feridas e 373 continuam desaparecidas. A tragédia agravou a já frágil situação humanitária de Myanmar, onde conflitos internos vêm deslocando milhões de pessoas.
Apesar da catástrofe, o governo militar tem sido criticado por manter ofensivas contra grupos rebeldes. Segundo relatos, o Exército chegou a atirar contra um comboio de ajuda humanitária na cidade de Naung Cho, que seguia em direção a Mandalay, uma das áreas mais afetadas pelo tremor. Felizmente, não houve feridos na ação.
O chefe da junta militar, general Min Aung Hlaing, afirmou que as Forças Armadas continuarão com suas “atividades de defesa necessárias”, alegando que grupos étnicos armados estariam se organizando para novos ataques, mesmo com a grave crise no país.
O terremoto também causou estragos na Tailândia. Em Bangkok, um arranha-céu de 30 andares em construção desabou, deixando pelo menos 22 mortos. Estima-se que cerca de 70 trabalhadores ainda estejam presos nos destroços. (Com AnsaFlash)