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Setor de serviços cresce 0,8% em outubro e tem 2ª alta seguida, diz IBGE

Trata-se do melhor resultado para meses de outubro desde 2012. Segundo IBGE, setor recuperação mostra ganho de ritmo o setor deve ter ‘1º fechamento de ano com resultado positivo desde 2014’.

O volume do setor de serviços cresceu 0,8% outubro, na comparação com setembro, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com outubro do ano passado, a alta foi de 2,7%.

Trata-se da segunda alta seguida e o 6º resultado mensal positivo no ano. Foi também o melhor resultado para meses de outubro desde 2012, quando houve alta de 1%.

Das 27 unidades da federação, 22 registraram alta em outubro, na comparação com setembro, com destaque para Rio de Janeiro (2%), São Paulo (0,5%) e Santa Catarina (3,7%). Já as maiores quedas ocorreram em Roraima (-7,9%), Acre (-4,5%) e Tocantins (-1,9%).

Recuperação ganha ritmo
No ano, o setor passou a acumular avanço de 0,8%. No acumulado em 12 meses, o setor mostrou ganho de ritmo, ao passar de uma alta de 0,7% em setembro para 0,8% em outubro, mas ainda segue abaixo do nível registrado em julho, quando acumulava alta de 0,9%.

Segundo o IBGE, o setor de serviços assinala um crescimento acumulado de 3% entre julho e outubro deste ano, revertendo a perda de 1,8% observada no período entre janeiro e junho de 2019 e avançando 1,2% frente ao patamar de dezembro de 2018.

Em termos de patamar, o volume de serviços prestados no Brasil ficou 9,7% abaixo do pico, registrado em novembro de 2014. “Isso equivale ao patamar de meados de 2016”, apontou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Segundo o pesquisador, essa é a primeira vez em que se percebe um movimento mais claro de recuperação do setor. “Entre março de 2017 e meados deste ano, o que a gente observava era que o setor de serviços oscilava entre perda e ganho [crescia em um mês, caía no outro]. Agora, podemos dizer que nesses últimos quatro meses ele recuperou 3 anos e 3 meses”, disse.

Setor deve ter 1ª alta anual desde 2014
Segundo Lobo, considerando os últimos resultados acumulados, a tendência é que o setor tenha “o primeiro fechamento de ano com resultado positivo desde 2014”. Entre 2015 e 2017 foram três quedas seguidas, que acumularam perda de 11%. Já 2018 fechou com estabilidade (0,0%).

“Restando apenas dois meses para fechar o ano, vemos que o setor de serviços aponta para um resultado no campo positivo, dado que a conjuntura econômico não sugere nenhum movimento que possa derrubar os resultados do setor, como ocorreu em maio do ano passado com a greve dos caminhoneiros, que realmente derrubou o setor de serviços”.

Serviços audiovisuais crescem 6,7% no mês
Segundo o IBGE, entre as cinco atividades pesquisadas, quatro tiveram alta, com destaque para o setor de serviços de informação e comunicação (1,8%), que foi impulsionado pelo segmento de tecnologia da informação (2,6%) e pelos serviços audiovisuais (6,7%).

Já os serviços prestados às famílias avançaram 1,5%, “com hotéis e restaurantes mostrando algum tipo de recuperação, o que tem relação direta com a melhoria das condições do mercado de trabalho e, consequentemente de renda”, destacou o pesquisador.

Veja a variação do volume de serviços em outubro, por atividade e subgrupos

· Serviços prestados às famílias: 1,5%

· Serviços de alojamento e alimentação: 2%

· Outros serviços prestados às famílias: -1,4%

· Serviços de informação e comunicação: 1,8%

· Serviços de tecnologia da informação e comunicação: 0,6%

· Telecomunicações: -0,2%

· Serviços de tecnologia da informação: 2,6%

· Serviços audiovisuais: 6,7%

· Serviços profissionais, administrativos e complementares: 0,1%

· Serviços técnico-profissionais: 3,4%

· Serviços administrativos e complementares: -1%

· Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,1%

· Transporte terrestre: 0,9%

· Transporte aquaviário: 2,7%

· Transporte aéreo: 1,4%

· Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,9%

· Outros serviços: -0,3%

No acumulado no ano, os serviços de informação e comunicação (3,2%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global. Segundo o IBGE, o crescimento do segmento foi impulsionado pelo aumento da receita de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, empresas de consultoria em tecnologia da informação, de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, de consultoria em tecnologia da informação e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.

Os demais avanços nos 10 primeiros meses do ano vieram de outros serviços (5,1%), de serviços prestados às famílias (3,5%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%).

A única influência negativa do acumulado de janeiro a outubro de 2019 ficou com o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,7%), pressionado, sobretudo, pelo recuo no volume de receitas de transporte rodoviário de cargas, de operação de aeroportos e de transporte rodoviário coletivo e aéreo.

Perspectivas para a economia
O ritmo de recuperação da economia mostra sinais de melhora nesta reta final do ano e tem feito os analistas de mercado elevar as projeções para o crescimento do PIB de 2019 e 2020.

A produção industrial brasileira, por exemplo, cresceu 0,8% em outubro, na terceira alta mensal seguida. No acumulado no ano, entretanto, o setor industrial ainda acumula queda de 1,1%.

As vendas do varejo cresceram apenas 0,1% em outubro, mas no acumulado em 12 meses o avanço acelerou para 1,8%.

Entre os fatores que têm contribuído para um maior consumo interno, os analistas citam a queda da taxa básica de juros (Selic), a inflação sob controle, a expansão do crédito, os saques do FGTS e a recuperação do mercado de trabalho, ainda que em ritmo lento e puxada pela informalidade, o que tem feito aumentar a massa salarial e o número de brasileiros ocupados e com alguma renda.

Os economistas das instituições financeiras passaram a projetar uma alta de 1,1% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para o ano que vem, a previsão de crescimento subiu de 2,22% para 2,24% – quinta alta seguida.

Do G1

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