Senai renova convênio com TJ para reformas de escolas estaduais por detentos na Capital

Diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, e o juiz Albino Coimbra Neto assinaram o convênio – Assessoria

O Senai renovou por mais um ano o convênio com o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para dar continuidade ao projeto “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”, que utiliza mão de obra prisional e o dinheiro dos presos para reformar escolas públicas de Campo Grande ao mesmo tempo em que oferece qualificação profissional na área da construção civil para esses detentos. A assinatura foi nesta segunda-feira (30/11), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), pelo diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, e pelo juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execuções Penais da Capital.

Segundo Rodolpho Mangialardo, a nova turma de detentos que receberão qualificação nos cursos de pedreiro de alvenaria, pedreiro de revestimento e pintor de obras já começa nesta terça-feira (01/12), ao mesmo tempo em que iniciam a reforma da Escola Estadual Professora Zélia Quevedo Chaves, localizada no Bairro Iracy Coelho, em Campo Grande. “Serão cerca de 20 a 25 internos do presídio semiaberto que terão oportunidade de se desenvolver profissionalmente”, afirmou.

Ele ainda comentou que a parceria com o projeto “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade” existe desde 2013 e cumpre a função social do Senai de contribuir com uma sociedade melhor. “Acredito que todo mundo ganha, porque esses internos terão uma profissão quando cumprirem a pena, sem precisar voltar para o crime. Além disso, as crianças e adolescentes que estudam nessas escolas reformadas terão um ambiente mais confortável para aprender e se desenvolver”, completou.

O juiz Albino Coimbra Neto reforçou que a educação e o trabalho são única forma de recuperar pessoas que cometeram crime e estão cumprindo pena. “Não há possibilidade de recuperar um adulto se você não oferece uma qualificação e um emprego. A maioria das pessoas que optou pelo crime o fez porque não tinha oportunidade de trabalho. Então, o nosso objetivo é que com uma profissão, elas não voltem para o crime”, disse.

Ele relembrou que desde 2013, quando o projeto começou, já foram reformadas mais de 17 mil metros quadrados de 11 escolas públicas, beneficiando mais de 10 mil alunos e economizando mais de R$ 8 milhões do Estado. “Nossa meta é reformar pelo menos uma escola em cada período de férias. Vale ressaltar que além da renovação do convênio, ainda discutimos uma ampliação de parceria com o Senai para beneficiar ainda mais esses detentos”, ressaltou.

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