Segurança do paciente é tema de campanha internacional nesta terça-feira

Ação faz parte da iniciativa da Organização Mundial da Saúde com apoio da Sobrasp

A Rede Ebserh participa nesta terça-feira, dia 17 de setembro, da campanha internacional para conscientização a respeito da segurança do paciente como prioridade global dos serviços de saúde. O objetivo é diminuir ou eliminar riscos no cuidado aos pacientes. A iniciativa é da Organização Mundial de Saúde (OMS) e tem apoio no Brasil da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp), com ampla participação dos hospitais da rede Ebserh.

O tema escolhido pela OMS é “Segurança do Paciente: uma prioridade global de saúde”, e o slogan desta primeira edição do Dia Mundial da Segurança do Paciente é “Fale pela Segurança do Paciente”.

O trabalho pela segurança do paciente tem motivado inúmeras ações em todo o mundo, com destaque também na Rede Ebserh. Em 2018, por exemplo, os hospitais da rede conseguiram uma diminuição de 32% nos casos de infecção na corrente sanguínea e mais de 35% nos casos de pneumonia em pacientes graves internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

HU-UFGD

Filiado à Rede Ebserh desde setembro de 2013, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) também desenvolverá ações informativas e educativas neste 17 de setembro, primeiro Dia Mundial da Segurança do Paciente.

Entre os materiais elaborados para a campanha pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) do hospital, está uma seleção de perguntas e respostas relacionadas ao tema, conforme segue:

  1. É necessário tornar ainda mais seguro o cuidado em saúde? Por quê?

Sim. Ninguém deve ser prejudicado no cuidado em saúde, mas ainda ocorrem, anualmente, 134 milhões de eventos adversos no cuidado de saúde, devido a cuidados inseguros em hospitais de países de baixa e média renda, contribuindo para 2,6 milhões de óbitos a cada ano. Estima-se que, em países de alta renda, um em cada dez pacientes internados sofre algum dano, e que um em cada quatro atendimentos na atenção primária e ambulatorial resulta em dano ao paciente, sendo que 80% desses episódios são evitáveis.

  1. Quais são os objetivos desta campanha mundial?

A campanha busca mobilizar pacientes, profissionais de saúde, formuladores de políticas em saúde, acadêmicos, pesquisadores, redes profissionais, líderes no cuidado em saúde e todo o setor de saúde para falar pela Segurança do Paciente e defender esta causa como uma prioridade mundial. A mobilização visa apontar para os pacientes a importância de se apropriarem de conhecimento pela sua saúde e do engajamento pelo seu próprio cuidado, como também incrementar a consciência entre todos os grupos para criar uma cultura de trabalho diferenciada e prestar cuidados de saúde com foco na Segurança do Paciente.

  1. O que levou o Brasil a aderir a esta campanha?

No Brasil ainda não existe a cultura de responsabilidade compartilhada pelo cuidado, já que, atualmente, há pouco envolvimento dos pacientes nas tomadas de decisão. Não adianta proporcionar as melhores tecnologias e serviços, sem que exista a consciência de que o usuário também é responsável por sua própria segurança.

  1. Qual o principal desafio?

É necessária uma quebra de paradigmas, pois o enfoque é coletivo, não se restringindo apenas a profissionais da área, e estendendo-se também aos usuários dos sistemas de saúde, ou seja, é fundamental a corresponsabilidade pelo cuidado. Partindo desse princípio, espera-se que os pacientes passem a cobrar mais qualidade nos atendimentos, pois a segurança do paciente é uma responsabilidade de todos, não só dos administradores do serviço e nem somente dos profissionais de saúde.

  1. Que mudanças são necessárias para segurança do paciente?

Para que a segurança dos pacientes se torne uma realidade é necessário melhorar também a formação profissional, assim como a cultura de comunicação e transparência. A comunicação de eventos adversos que tiveram algum desfecho grave, por exemplo, é algo a ser trabalhado. Em ambientes hospitalares, é comum acontecerem quedas ou outros problemas que podem resultar em mortes antecipadas. Diante dessas situações, os familiares devem ser envolvidos no processo, para que eles possam participar de discussões sobre as possíveis causas do evento. O objetivo é que o usuário do sistema de saúde se aproprie dos direitos e deveres sobre sua própria saúde, e que a responsabilidade pelo cuidado seja compartilhada entre eles e os profissionais envolvidos. É necessário que se pense conjuntamente na implementação de medidas de segurança, buscando barreiras para que situações semelhantes não se repitam no futuro. Isso quebra paradigmas, pois é deixada de lado uma cultura de punição (ou culpabilização), estabelecendo uma cultura de transparência.

Sobre a Rede Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede de Hospitais Universitários Federais atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.