Saiba quais problemas podem ser acarretados por noites mal dormidas

Redução da memória, envelhecimento precoce e maiores chances a desenvolver diabetes tipo 2 estão entre os malefícios provocados pelo descuido sobre o sono

Considerada um fator primordial para garantir a manutenção da saúde, uma boa noite de sono garante concentração para realizar as atividades durante o dia, ativa a melhora, controla o apetite e ajuda a estabilizar e manter o bom humor.

Muitas vezes negligenciado pelo mundo contemporâneo, que cada vez mais nos mantêm acordados e sem interrupção por tecnologias e ofertas de serviços, o sono costuma ser um problema de saúde frequente nos tempos atuais.

É comum ouvir pessoas que avaliam o próprio sono como insatisfatório ou ruim. De acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos brasileiros sofrem de insônia. A pesquisa revelou que a dificuldade de dormir ou a interrupção do sono algumas vezes durante a noite estão entre os problemas mais frequentes na pesquisa.

Embora seja comum ouvir que é preciso dormir de seis a oito horas todos os dias, especialistas lembram que cada organismo é único e pode apresentar diferentes necessidade em relação a outros. Contudo, entre a comunidade científica é unânime que dormir mal acarreta problemas de saúde. Confira alguns deles.

Redução da memória

Uma das funções vitais do sono é garantir a preservação da memória a partir da transformação, pelo cérebro, das lembranças curtas em recordações a longo prazo. Durante a noite, o cérebro faz uma espécie de “varredura”, guardando as informações consideradas essenciais e fixando o que aprendemos a cada dia.

Por isso, é comum que pessoas que durmam mal muitas vezes apresentem dificuldade para lembrar de eventos/fatos corriqueiros, tais como nomes de entes próximos e detalhes de episódios do dia anterior.

Alteração de imunidade e metabolismo

É também durante o sono que ocorre a produção de anticorpos, essencial para manter o organismo protegido da invasão de micro-organismos capazes de provocar doenças. Assim, dormir pouco reduz a saúde na medida em que diminui a produção de células de defesa, como os leucócitos.

Outro efeito da redução do sono é a alteração do metabolismo responsável pela produção de hormônios, como os de crescimento e o cortisol. Gerado pelas glândulas suprarrenais, localizadas logo acima dos rins, o cortisol ajuda a diminuir o estresse, além de manter a pressão arterial.

Além disso, pesquisadores da Northwestern University, nos Estados Unidos, apontaram que dormir mal favorecia o aparecimento de diabetes tipo 2 em pessoas que não tinham predisposição à doença. De acordo com os estudiosos, é durante o sono que o organismo estabiliza os níveis glicêmicos.

Envelhecimento precoce e diminuição do crescimento

A falta de repouso é a principal causa de fadiga e baixo desempenho motor. Ao dormir profundamente e sem interrupções, nos 30 primeiros minutos de sono, o organismo humano começa a produzir o hormônio GH, responsável pelo nosso crescimento.

Além disso, essa substância ajuda a manter o tônus muscular, combater a osteoporose, melhorar o desempenho físico e impedir o acúmulo de gorduras. O intenso cansaço provocado pela fadiga pode afetar nossa vida profissional e pessoal.

O GH e a melatonina são hormônios que também apresentam uma função “rejuvenescedora”, que reparam e acalmam a pele. Assim, dormir mal também produz olheiras e uma aparência desgastada, além de favorecer o aparecimento de rugas.

Dicas para manter o sono em dia

Se a exigência de dormir oito horas por dia se tornou quase um mito impossível de ser realizado na vida moderna, é necessário transformar do sono um hábito de saúde, assim como a alimentação e as atividades físicas.

Especialistas apontam que mais importante do que dormir por oito horas é não interromper nenhuma das fases do ciclo natural de 90 minutos de sono. Porque é durante esses estágios que saímos de um sono profundo ou sincronizado, em que não há movimento ocular rápido, e entramos numa etapa de sono REM, quando ocorrem os sonhos mais vívidos.

Por isso, estabelecer horários para ir dormir e acordar regularmente é uma boa dica. Outro passo é manter períodos de descanso e cochilo durante o dia. Esse é o chamado “sono polifásico”, bastante praticado por bebês, que consiste em ter mais momentos de relaxamento com menor tempo de duração.

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