Pesquisa aponta que rejeição ao presidente subiu no Nordeste e entre mais pobres

É a pior avaliação de Lula desde o início do seu terceiro mandato, em janeiro de 2023 – Crédito: Ricardo Stuckert/PR

Popularidade do Governo Lula está ladeira abaixo. É o que mostra pesquisa realizada pelo Instituto Quaest e divulgada nesta quarta, 02. A rejeição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 56%. O número representa um aumento de sete pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, realizado em janeiro, e configura a pior avaliação desde o início do terceiro mandato do presidente, em janeiro de 2023.

Ao mesmo tempo, a imagem positiva do governo caiu para 41%, uma queda de seis pontos em comparação ao levantamento anterior. Apenas 3% dos entrevistados não souberam ou preferiram não opinar. O levantamento indica que o desgaste da gestão federal não se limita a regiões onde Lula já enfrentava resistência, chegando também a afetar bases eleitorais historicamente favoráveis.

Um exemplo disso é o Nordeste, tradicional reduto eleitoral de Lula, que foi essencial para sua vitória nas eleições de 2022. Pela primeira vez desde o início do mandato, os índices de aprovação e reprovação na região estão tecnicamente empatados: 52% aprovam e 46% reprovam, dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais.

A situação se agrava no Sudeste, região com o maior colégio eleitoral do país. Lá, a reprovação chegou a 60%, com aumento de sete pontos percentuais, enquanto a avaliação positiva caiu para 37%, uma redução de cinco pontos. O número reforça o desafio do governo em reconquistar apoio nas regiões de maior impacto eleitoral.

A pesquisa também revelou variações importantes entre faixas de renda. Entre os brasileiros que recebem até dois salários mínimos, a aprovação ficou em 52%, uma queda de quatro pontos, e a reprovação subiu para 45%, com aumento de seis pontos, caracterizando outro empate técnico nesse segmento da população.

O levantamento da Quaest foi feito com 2.004 entrevistas presenciais, realizadas entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais para o total da amostra e de quatro pontos para os recortes por região e faixa de renda. (Com AnsaFlash)

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